Presidente do PT na Paraíba comenta punição a integrantes: “pagaram para ver”

Jackson Macêdo afirmou que todos os filiados de João Pessoa e a Direção Estadual da Paraíba sabiam “das regras do jogo de definição da tática eleitoral”

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macêdo justificou, em nota divulgada nesta sexta-feira (25), a decisão de suspender por seis meses o deputado estadual Anísio Maia, e por três meses Giucélia Figueiredo, Anselmo Castilho e Josenildo Feitosa, membros da executiva do partido.

Para Jackson, a decisão de não seguir as definições da Executiva nacional para o pleito de 2020 à Prefeitura de João Pessoa, no qual o partido apoiava o ex-governador Ricardo Coutinho, hoje do PT, foi “flagrante ato de indisciplina partidária”.

Jackson Macêdo ainda justificou que “não pode haver dúvida que caberia à Direção Nacional do PT a palavra final sobre a definição das candidaturas do partido em 2020” e que a resolução que definiu a escolha “jamais foi contestada por quem quer que seja nas Instâncias Partidárias Brasil afora, muito menos na Paraíba”.

“Assim, naquele momento, pela importância do processo eleitoral e pela necessária unidade das esquerdas democráticas em João Pessoa, a Direção Nacional do PT deliberou, em conformidade com a Resolução citada, pelo apoio à candidatura de Ricardo Coutinho, então filiado ao PSB, à Prefeitura da capital da Paraíba”, comentou.

De acordo com o presidente da sigla no Estado, todos os filiados e filiadas do PT de João Pessoa e a Direção Estadual da Paraíba sabiam “das regras do jogo de definição da tática eleitoral”.

“Quem resolveu transgredi-las, ao arrepio do Estatuto do PT, também sabia que haveria consequências. Pagaram para ver e, agora, após uma cuidadosa tramitação na Comissão de Ética onde todos tiveram amplo direito de defesa, o processo foi examinado pelo Diretório Nacional do PT que, por unanimidade, decidiu que os filiados envolvidos transgrediram o Estatuto do PT ao incorrerem em indisciplina partidária”, pontuou.