Presidente de associação denuncia agressão e prisão de ambulantes em JP

A presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba (Ameg), Márcia Medeiros, denunciou que trabalhadores foram agredidos e presos por agentes da Guarda Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) de João Pessoa.

Ela relata que o primeiro tumulto aconteceu por volta das 13h desta quinta-feira (2), quando um prédio abandonado que estava sendo usado pelos comerciantes foi alvo da fiscalização de vários agentes, que teriam chegado a usar spray de pimenta e algemas.

“Tinha por volta de uns dez a doze homens da Guarda Municipal junto com uns vinte da Sedurb. Eles seguiam alguns ambulantes que estavam tentando cruzar o Centro para descer para outros bairros, para baixo. Quando viram eles, correram e invadiram aquele prédio antigo do INSS, onde já trabalham alguns ambulantes e acredito que tem gente também que mora. Foi spray de pimenta, algema, uma coisa terrível, mas conseguimos brecar essa ação”, comentou.

Márcia disse horas depois, outros comerciantes foram abordados, presos e agredidos fisicamente pelos agentes.

“Ficamos no Centro o dia inteiro porque percebemos que a Guarda Municipal não parava de fazer fiscalização. Por volta das 16h, 16h30, pegaram uns rapazes que estavam ali perto da Caixa Econômica, quando viram os agentes, correram e guardaram os carrinhos. Mesmo assim, prenderam, deram uma pancada na barriga de um e também em outro rapaz que foi agredido. Algemaram um deles e levaram para a Central de Polícia. Chegamos lá com advogado e a família. Graças a Deus, o delegado entendeu e o ambulante ontem mesmo já foi dormir em casa”, comemorou.

A dirigente alega, ainda, que até pessoas que carregam carrinhos e fazem a venda de mercadorias de forma móvel, o que seria permitido pelo artigo 229 do Código de Postura de João Pessoa, também estariam sendo impedidas.