Presidente da CMJP diz que aumento no número de vereadores não será votado nesta quinta

Os vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) começaram a discutir, nesta quinta-feira (26), o Projeto de Lei da Mesa Diretora que aumenta de 27 para 29 o número de parlamentares na Casa. Segundo o presidente da Casa, vereador João Corujinha (DC), a matéria que tem causado divergência entre os parlamentares de oposição e situação não será votada hoje.

“Conversei com secretária da Mesa Eliza Virgínia (PP) e a matéria vai para leitura, mas não vai para votação não. A gente vai conversar com os líderes ainda. Bruno Farias (Cidadania), Milanez Neto (PTB), e Marcos Henriques (PT)”, explicou.

Leo Bezerra (PSB), Tibério Limeira (PSB) e Bruno Farias (Cidadania) adiantaram voto contra o aumento de parlamentares na Casa.

“Eu sou contrário ao aumento de vereadores, mas quero ouvir eles. Meu voto será contrário”, adiantou Leo Bezerra.

“Acredito que esse não é o momento. Precisava de uma discussão mais ampla. É inoportuno e essa discussão poderia ficar para próxima legislatura”, defendeu Tibério.

“A minha posição já está firma, sou contrário a propositura que prevê de 27 para 29 parlamentares na Câmara Municipal de João Pessoa, por algumas razões básicas. A primeira é que nós somos representantes do povo, sinceramente não vejo nos segmentos da sociedade essa vontade de aumentar o número de parlamentares. Em segundo lugar, é porque no tempo em que vivemos as pessoas presam pela diminuição dos custos na máquina pública, pelo enxugamento dela e essa propositura rema contra, é um passo em falso em direção a essa nova formatação da administração que a população brasileira e também a pessoense espera de seus representantes”, justificou Bruno.

O vereador Milanez Neto (PTB) comentou seu posicionamento e afirmou que vai seguir a maioria para que a votação seja unânime.

“Acho que a posição tem que ser do plenário. Meu posicionamento é que ou vota toda a Casa à favor ou vota toda a Casa contrária. Temos que ouvir a sociedade, sempre venho dizendo isso. Eu já fiz o debate sobre a matéria em relação a custos e realmente consegui comprovar que o custo não alteraria em absolutamente nada, mas somos representantes de um povo. Tenho a certeza que o que a Casa decidir, ela decidirá de forma unânime”, afirmou.

Marcos Henriques (PT) defendeu o aumento de vagas e disse que votará favorável. Para ele, a população terá mais representatividade sem causar aumento nos gastos do poder público.

“Não haverá custos excedentes. Pelo motivo populacional da cidade. Então, esse projeto que se encontra na casa não vai onerar”, destacou.