Prerrogativas nunca foram tão violadas: o alarmante índice de desrespeito aos advogados na Paraíba

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), vive um momento preocupante em relação ao respeito e à defesa das prerrogativas dos advogados paraibanos. A atual gestão, liderada por Harrison Targino, tem divulgado o aumento no número de atendimentos a violações de prerrogativas como um suposto sucesso. No entanto, para muitos advogados, esse número elevado de atendimentos não é motivo de celebração, mas sim um alerta de uma crise de desvalorização da advocacia.

De acordo com dados recentes, a Comissão de Prerrogativas da OAB-PB atendeu a milhares de ocorrências de desrespeito aos direitos dos advogados. Essa situação reflete uma realidade triste: o que deveria ser uma exceção – a intervenção da Comissão para garantir o respeito à classe – se tornou quase uma rotina. Em vez de ser um êxito, esses números expõem uma fragilidade crescente na relação entre os advogados e as instituições.

O advogado Leandro Carvalho, apoiador da Chapa 10, composta por Paulo Maia e Luciana Brito, expressou sua preocupação em um artigo recente. Ele critica o que considera uma “inversão de valores” na gestão de Harrison Targino, que estaria, segundo ele, “aprisionada em um espelho” ao tratar como conquista um cenário que deveria ser enfrentado com seriedade. Para ele, a alta quantidade de atendimentos pela Comissão de Prerrogativas, com mais de 2.800 atendimentos a violações de prerrogativas, não representa uma vitória, mas sim uma crise que afeta diretamente a dignidade da advocacia.

Paulo Maia e Luciana Brito, candidatos pela Chapa 10, têm reforçado em sua campanha a necessidade de resgatar o respeito às prerrogativas da classe, especialmente no interior do estado, onde os advogados enfrentam ainda mais dificuldades. Para Maia e Brito, a verdadeira conquista será quando os advogados paraibanos não precisarem recorrer à Comissão de Prerrogativas para serem respeitados, pois seu papel será naturalmente valorizado e garantido pelas instituições.

Em uma ação recente, a gestão de Harrison Targino anunciou Janny Milanez como candidata a vice-presidência, destacando sua atuação nas comissões e na defesa das prerrogativas. No entanto, essa celebração não resolve a raiz do problema: a demanda crescente por atendimentos demonstra que a advocacia paraibana segue desprotegida e sem o reconhecimento necessário.

É crucial que a atual gestão apresente dados concretos sobre as medidas tomadas para reverter esse cenário. Quantos servidores foram responsabilizados? Quantas ações foram ajuizadas e qual o desfecho dessas iniciativas? São questionamentos que surgem para cobrar transparência e efetividade.

A advocacia paraibana clama por uma OAB que, ao invés de celebrar a quantidade de atendimentos a mais de 2800 violações, enfrente a crise de desrespeito que tem se agravado. Com a promessa de uma gestão focada na valorização dos advogados, Paulo Maia e Luciana Brito se apresentam como alternativa para resgatar a dignidade e o respeito à classe, combatendo o que eles consideram um cenário nefasto.

A expectativa entre muitos advogados é que, com a eleição da Chapa 10, a OAB-PB volte a ser uma instituição que garante, de fato, as prerrogativas dos advogados, construindo um ambiente onde o respeito aos profissionais seja a regra, e não a exceção.