A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), atende nas escolas da Rede Municipal de Ensino 1.186 crianças com deficiência seja ela auditiva, visual, física ou mental. Todo esse trabalho é realizado por uma equipe preparada e os alunos dispõem de cuidadores, transporte escolar acessível, salas de recursos multifuncionais, além de vale transporte para os pais poderem acompanhar o filho no tratamento de reabilitação.
O Transporte Escolar Acessível (TEA), por exemplo, é feito por 12 ônibus com acessibilidade e beneficia 143 alunos da Rede Municipal que têm problemas de locomoção. O ônibus pega o estudante em casa, leva para a escola e de volta para casa com conforto e segurança. O TEA atende 24 bairros da Capital.
Um dos alunos atendidos pelo TEA é Jonathan Rafael dos Santos Pereira, 11 anos, do 4ºano na Escola Municipal Dom Helder Câmara, no bairro do Valentina de Figueiredo. “O ônibus chega logo cedinho em casa e o monitor tem o maior cuidado em me colocar no veículo e amarrar minha cadeira de rodas com o cinto de segurança. Quando chego à escola também não tenho problema, pois consigo chegar onde quero sozinho. Mas o que gosto mesmo é de ir para a sala de aula fazer minhas tarefas”, disse Jonathan Rafael.
A mãe de Jonathan, Paula Rafaela dos Santos Xavier, lembra que saía do bairro Nova Mangabeira para a escola no Valentina levando o filho nos braços. “A chegada desses ônibus foi uma benção em nossas vidas. Que possa permanecer sempre. Sem falar no carinho que o motorista e o monitor têm com meu filho”, agradeceu.
Já a maioria dos alunos que têm deficiência visual fica concentrada na Escola Municipal General Rodrigo Otávio, no bairro dos Estados, onde dispõe de uma sala de recursos multifuncionais com impressora, scanner e livros em braile. Todos também são atendidos pelo TEA. Em 2104 a Rede Municipal de Ensino possuía 45 salas de recursos. Hoje já são 52 salas.
A escola General Rodrigo Otávio também dispõe de cinco professores cegos que fazem à mediação. Um deles é o professor de Educação Básica, Adriano Barbosa de Lima. “Nós tentamos suprir de alguma forma a necessidade deles, seja na leitura, na escrita ou até mesmo na coordenação motora. O que eles apresentarem de dificuldade tentamos resolver da melhor maneira possível. Eu tento passar para eles o que aprendi na minha infância e adolescência”, contou.
Antônio Eduardo de Oliveira da Silva, de 17 anos, também é deficiente visual. Para ele o acolhimento e os recursos oferecidos pela unidade de ensino ajudam no dia a dia. “Apesar de já sabermos andar pela escola alguns amigos também nos ajudam. Temos professores que procuram mais a gente nas aulas, dando explicações não só no quadro, mas oralmente também. Eles perguntam se temos alguma dúvida e fica ditando as tarefas. Aqui ainda dispomos de jogos educativos, máquinas braile, computadores com programas de voz, impressora e scanner braile, além de jogos como dominó e cata palavras”, explicou Antônio Eduardo.
No contra turno, os alunos participam de um trabalho de reabilitação no Instituto dos Cegos, que fica próximo à unidade de ensino.