O prefeito interino de Bayeux Luiz Antônio (PSDB) revelou, nesta sexta-feira (07), como era o seu relacionamento com o ex-prefeito Berg Lima. Além disso, ele anunciou que vai reduzir, ainda este mês, R$ 2 milhões da folha de pessoal da Prefeitura.

“Somente a folha de pessoal tem um gasto de mais de R$ 7 milhões e nossa arrecadação é na média de R$ 12 milhões por mês. Já sentei com o secretário de Finanças e vamos ter que fazer corte de pessoal, rever a questão de alguns salários, corrigir distorções. A intenção é de que a folha fique em torno de R$ 5 milhões”, explanou o prefeito interino.

Ele ainda relatou que o rompimento partiu de Berg e ainda afirmou que não foi chamado em nenhum momento por Berg para fazer parte da gestão.

“Não foi um rompimento do vice-prefeito, mas um rompimento do prefeito. Ele não me chamou, no momento da posse, para sequer discutir o secretariado, eu não tinha tanta participação dentro da prefeitura”, explicou.

Luiz lamentou o fato da população sofrer por ter acreditado em um projeto de campanha, que prometia mudanças para a cidade. O tucano admitiu que não será fácil, porém irá tentar cumprir pelo menos o “arroz com feijão”.

“A mudança e a esperança do povo que foi colocada no dia dois de outubro, me trazia um sentimento que quando fossemos a um USF, teríamos lá medicamentos, material de insumos. Mas eu ouvia muitas reclamações nesse sentido e isso me doía muito, pois nós tínhamos um compromisso de fazer uma mudança e isso eu vou tentar buscar agora, com muita dificuldade por causa desses estouros. Não será fácil, nem do dia pra noite, mas quero cumprir pelo menos o feijão com arroz”, relatou.

O tucano se diz decepcionado com a prisão de Berg Lima e afirmou está triste e envergonhado por ser “político nesse momento”.

“Primeiro foi a decepção de um projeto dito e refalado na campanha e pós-campanha, ante de assumirmos o mandato eletivo. Ontem eu assumi a prefeitura, tive posse, mas pode ter certeza que foi com muita tristeza e vergonha que caminhei na rua de ser político nesse momento. Nãoo quero aqui condenar, pois não sou juiz para isso, que a justiça faça a absolvição ou a condenação”, afirmou.