O prefeito interino de Patos, Sales Júnior, comunicou, na tarde desta terça-feira (20), a renúncia ao mandato. Ele assumiu a titularidade do cargo após a renúncia do prefeito Bonifácio Rocha (PPS), vice que assumiu o lugar de Dinaldinho Wanderley (PSDB), em abril deste ano.
Curiosamente, duas horas atrás, por volta das 13h30, o ainda prefeito publicou uma das ações da Prefeitura de Patos em seu perfil no Instagram.
Dinaldinho é alvo de uma investigação que apura a suposta existência de um esquema de pagamento de propina e fraudes na administração pública do município sertanejo.
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Sales Júnior protocolou na Câmara Municipal da cidade a comunicação da renúncia da presidência do legislativo, o que, na prática, o afasta da linha sucessória da prefeitura. Com a renúncia de Sales Junior, a cidade de Patos terá o quarto prefeito em pouco mais de dois anos e sete meses da atual legislatura.
Ao justificar a renúncia, Sales Júnior alegou problemas financeiros do município que fugiram do seu controle, além da pressão política. “Sinto-me com o sentimento de impotência, não pelo clima de instabilidade política e jurídica, mas devido à ausência de dotações orçamentárias já em algumas secretarias, a exemplo da Secretaria de Serviços Públicos, Infraestrutura, e comprometendo o pagamento de servidores conforme informou nossa contabilidade através de alerta, e por isso não podendo mais seguir adiante sem autorização legislativa como determina o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB)”, pontuou na carta.
Três prefeitos
Sales Junior assumiu a titularidade do mandato após renúncia do então prefeito Bonifácio Rocha, em abril deste ano. Vice-prefeito de Patos, Bonifácio Rocha assumiu o comando da cidade após o afastamento do prefeito Dinaldinho Wanderley da prefeitura, em desdobramento à Operação Luz.
Bonifácio encontrou um ‘rombo” financeiro na Prefeitura e baixou um pacote de medidas de cortes de gastos, a exemplo da demissão de comissionados e prestadores, além de reduzir despesas com energia, água, telefone e combustível. Apesar das medidas, não conseguiu equilibrar as finanças do município. A decisão de Bonifácio, no entanto, foi motivada por pressão de adversários e também de familiares.