Uma comitiva formada pelo procurador da República na Paraíba, José Godoy Bezerra, e os vereadores Tibério Limeira (PSB) e Sandra Marrocos (PSB) detectou uma série de irregularidades nas demolições realizadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas áreas do Porto do Capim para a realização das obras do Parque Ecológico Sanhauá.
Segundo a comitiva, estariam iniciando as demolições sem aviso prévio, deixando a rede de encanamento destruída ou a fiação elétrica exposta ao derrubarem as residências.
“Também é importante levar em consideração que a comunidade Porto do Capim é protegida por uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que, além disso, é formada por quatro microterritórios”, observou Tibério Limeira, ratificando que a comunidade deveria ser protegida e que, apesar de haver oferta de auxílio-aluguel, muitos fazem questão de permanecer onde cresceram e têm seus familiares.
De acordo com o vereador, a comunidade Porto do Capim chegou no local a partir de uma autorização da Capitania dos Portos. Depois, recebeu aval do ex-prefeito Damásio Franca, ou seja, a ocupação da comunidade teria, mais uma vez, sido referendada pelo poder público municipal.