Por mais consciência: aplicativos de celular ajudam a reduzir o desperdício de comida

Parece óbvio que a solução para o desperdício de comida em restaurantes, supermercados e residências seja a doação ou a reaproveitamento das sobras. Mas há um percurso considerável entre quem gera as sobras e quem precisa delas. Pensando em estreitar essa distância, algumas start-ups norte-americanas e europeias criaram aplicativos para celulares que podem reduzir o problema.

Um deles, o Spoiler Alert, desenvolvido por estudantes do MIT (Massachusetts Institute of Technology), faz a ponte entre estoques excedentes de alimentos e os necessitados. Ele coloca em contato empresas que vendem comida e organizações que a redistribuem e cozinhas de caridade. E se a comida já não está mais apta ao consumo humano, ele ainda lista lugares que reaproveitam os insumos para produzir ração de animais ou fertilizantes. O FlashFood é outro que atua com o mesmo foco e funciona da mesma maneira: encontrar alimentos perecíveis e doá-los a quem precisa com a ajuda de voluntários.

Já com foco na comercialização, o PareUp, de Nova York, conecta pessoas comuns a restaurantes e lojas. O público pode comprar os alimentos excedentes que iriam para o lixo com bons descontos por estarem perto da data de vencimento. A inovação está no fato de que estes estabelecimentos não poderiam doar os alimentos devidos a normas locais de segurança alimentar. Na Alemanha, oFoodloop faz algo similar, ligando locais com sobras de alimentos a pessoas que querem comprá-las por melhores preços. O aplicativo oferece busca por tipo de comida, estabelecimentos favoritos e até localidade.

Mas não são só restaurantes e supermercados que jogam comida fora. Para ajudar os consumidores a reduzir o desperdício dentro de casa, aplicativos como o Pantry Manager e o Green Egg Shopper funcionam como gerentes da sua despensa.

Além de ajudar com a lista de compras, eles alertam sobre as datas de validade, listam o que deve ser consumido primeiro e dão suporte ao planejamento de refeições. A má notícia é que nenhum deles está disponível no Brasil ainda, já que a maioria destas empresas atua de forma local, em suas cidades e regiões, mas demonstram a intenção de expandir suas fronteiras. Quem sabe?

Do Uol