Policial filmado asfixiando George Floyd é preso nos Estados Unidos

Morte de homem negro por policial branco gerou revolta em várias partes dos EUA. Manifestantes incendiaram prédios e invadiram delegacia

O policial Derek Chauvin, demitido após ser flagrado asfixiando até a morte George Floyd em Minneapolis (Estados Unidos), foi detido nesta sexta-feira (29). A informação foi confirmada à imprensa pelas autoridades de segurança da cidade norte-americana.

A morte de um homem negro por um policial branco, no início da semana, gerou revolta em diversas partes dos Estados Unidos. Em Minneapolis, manifestantes incendiaram prédios e invadiram uma delegacia, enquanto Nova York registrou dezenas de prisões em um protesto

Segundo a CBS, Chauvin atuou na polícia de Minneapolis por 19 anos. Ele ainda não foi formalmente acusado. De acordo com a emissora norte-americana CNN, o policial tinha 18 denúncias contra ele na coorporação.

Floyd foi detido após o funcionário de uma mercearia chamar a polícia e acusar o homem de tentar pagar as compras com uma nota falsa de US$ 20.

O jornal “Chicago Tribune” conta que Floyd fazia parte da massa de desempregados nos Estados Unidos causada pela pandemia de novo coronavírus. Ele perdeu o emprego como segurança em um restaurante depois que o estabelecimento fechou com as medidas de isolamento.

A revolta na cidade começou após a divulgação de um vídeo que mostra a abordagem policial ocorrida do lado de fora de um supermercado em Minneapolis. Um policial branco se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Floyd morreu depois em um hospital.

As manifestações, então, tomaram várias partes dos Estados Unidos. Em Minnesota, estado onde ocorreu o assassinato, o governador chamou a Guarda Nacional para conter a onda de saques e tumultos.

Em Nova York, o protesto ocorreu na Union Square, em Manhattan, mesmo com as medidas de distanciamento social. Os manifestantes repetiram a frase “não consigo respirar”, dita por Floyd e repetida em 2014 por Eric Garner, morto em operação policial semelhante.

Os confrontos começaram depois que o grupo se recusou a deixar a área para que o trânsito fosse restabelecido, informa a NBC. Segundo a emissora, houve feridos entre policiais e manifestantes.

Um jornalista negro e a sua equipe foram detidos nesta sexta-feira enquanto faziam a cobertura dos protestos em Minneapolis, nos Estados Unidos, para a rede CNN. Omar Jimenez foi algemado pelos policiais durante uma transmissão ao vivo mesmo depois de ter se identificado.

As imagens divulgadas pela CNN mostraram que a equipe não estava atrapalhando a ação policial. A rede americana afirmou que a prisão de seus três funcionários era uma clara violação de direitos e fez um apelo para que as autoridades locais os soltassem imediatamente. A equipe foi liberada pouco tempo depois.

O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu desculpas e descreveu as prisões como “inaceitáveis”. Ele declarou que a equipe da CNN tinha claramente tem o direito de estar no local e disse que deseja que a imprensa esteja em Minnesota para cobrir os protestos.

Do G1.