A Corregedoria da Polícia Federal, em Brasília, devolveu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (23), o inquérito que investiga o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) pelo suposto recebimento de R$ 800 mil da construtora Odebrecht, através de ‘caixa 2’.
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O inquérito havia sido enviado em abril à Polícia Federal pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF. Cássio foi citado em delações premiadas feitas port ex-executivos da Odebrecht, que atribuíram a ele o recebimento de R$ 800 mil via ‘caixa 2’ nas eleições de 2014. Naquele ano, o hoje vice-presidente do Senado disputou o Governo da Paraíba contra Ricardo Coutinho (PSDB), que conseguiu a reeleição.
O senador paraibano foi citado, especificamente, nas delações dos ex-executivos da Odebrecht, Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis.
Barradas chegou a dizer, em depoimento ao procuradores da República, que Cássio relutou em aceitar o dinheiro via ‘caixa 2’, mas acabou recebendo a contribuição da construtora ao ser informado de que a operação seria a única forma dele ter acesso à contribuição.
Veja abaixo trecho do depoimento de Alexandre Barradas
Em sua delação, Fernando Reis contou que a Odebrecht esperava como contrapartida, caso Cássio fosse eleito, a oportunidade de a empreiteira operar o sistema esgotamento sanitário na Paraíba, sugerindo a privatização ou terceirização dos serviços que são operados pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba. As informações são do blog do jornalista Tião Lucena.
Veja abaixo trecho do depoimento de Fernando Reis
Veja abaixo quadro demonstrativo da tramitação do inquérito