Polícia e MPPB combatem tráfico de drogas em João Pessoa

A Polícia Civil, por meio do Grupo de Operações Especiais (GOE), em parceria com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB) do Ministério Público, desencadeou na manhã desta quinta-feira (26) a Operação Esbulho, na Comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa. O objetivo foi cumprir mandados de prisão contra pessoas que estariam expulsando moradores de casas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

Durante a Operação, dez mandados de prisão foram cumpridos, entre eles o do apenado da Penitenciaria Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1) Djanilson Meireles de Lima, de 28 anos, que cumpre pena por homicídio. Segundo o delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), Allan Terruel, Djanilson coordenava os crimes. “Este preso seria a pessoa que chefiava o grupo e a operação foi muito importante porque prendeu todos os principais membros do grupo como as pessoas que guardavam as chaves das casas e outros que expulsavam os moradores”, informou.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso era coordenado de dentro do presídio através de ligações telefônicas ou informações repassadas pela mulher do apenado aos membros da quadrilha, que obrigavam as famílias a deixarem as casas e depois revendiam o imóvel e com o dinheiro compravam drogas para abastecer o trafico em vários bairros de João Pessoa. Algumas casas também eram usadas pelos criminosos como ponto de venda de entorpecentes na comunidade.

A polícia chegou até Luiz Fernando da Silva, 24 anos; Adilson Galdino da Costa, 40 anos; Ivandro da Silva Constantino, 39 anos; Adriano de Moura, 32 anos; Vania Ferreira dos Santos, 20 anos; Maria de Lourdes Gomes da Silva , 19 anos; Claudiana Epifania de Andrade, 25; Ana Claudia Epifania de Andrade , 27 anos; e Nubia Nadjane da Cruz, de 25 anos, depois de vários meses de investigações que começaram com uma denúncia feita pelo serviço de habitação social.

Os passos destes envolvidos começaram a ser monitorados até o serviço de inteligência reunir todas as provas capazes de comprovar as ações criminosas. Nas residências dos acusados foram encontradas drogas, balança de precisão usada para pesar entorpecentes, celulares, armas e munições.

A polícia acredita que pelo menos 30 famílias teriam sido vitimas destes criminosos e estas vão poder voltar para as suas casas assim que a Justiça determinar a reintegração de posse.

Todos os acusados foram ouvidos, inclusive o apenado Djanilson, e depois foram apresentados para a imprensa e encaminhados para os presídios de João Pessoa, onde vão aguardar pela sentença da Justiça.

Operação Esbulho – O nome faz referência ao ato de esbulhar, pelo qual o proprietário perde posse de alguns bens de maneira violenta ou clandestina.