A Polícia Militar desarticulou, nesta quarta-feira (4), um esquema que pode ter gerado um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Banco do Brasil, Caixa e operadoras de crédito, nos últimos seis meses, na Paraíba, com a prisão do casal carioca Daniela Vieira Alves, de 34 anos, e Rogério Petris, 47. Eles fazem parte de uma quadrilha que efetuava operações financeiras fraudulentas a partir de dados de pessoas falecidas.
De acordo com o comandante da 1ª Companhia de Choque do Batalhão de Operações Especiais (Bope), capitão Bruno Rodrigues, o esquema tinha sede na capital carioca com ramificações por todo país. “Eles agiam abrindo contas bancárias nas agências e, após terem os limites de empréstimos liberados pelas instituições, sacavam o valor total, que era pago de forma consignada pelo benefício da previdência”, informou.
Além dos empréstimos com dados falsos, os levantamentos realizados pela Polícia Militar apontam ainda que eles também davam entrada para receberem benefícios, tudo com nome de falecidos e pessoas que sequer existiam.
A mulher foi presa em flagrante, no fim da manhã dessa quarta-feira, no momento em que estava fazendo um empréstimo utilizando dados falsos em uma operadora de crédito, no centro da cidade de João Pessoa. Através dela, os policiais chegaram até Rogério Petris, no município de Sapé. Ele estava em uma casa que servia como escritório administrativo do grupo na Paraíba, onde foram encontrados vários documentos e cartões bancários de pessoas falecidas, dinheiro e chips com números diferentes. Só da acusada, foram encontradas três identidades diferentes.
O comandante do Choque revelou ainda que o grupo é composto por mais de cinco pessoas na Paraíba. “Após receber informes sobre o grupo, a Polícia Militar vinha realizando levantamentos, o que culminou com a prisão dos dois. No momento da prisão, a mulher conseguiu repassar mensagens para os demais suspeitos informando que estava sendo presa, isso fez com que outros integrantes fugissem”, completou.
O casal preso foi apresentado na Sede da Polícia Federal, na cidade de Cabedelo, que abriu um inquérito para investigar o caso.