
A Polícia Civil da Paraíba deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), duas grandes operações voltadas ao combate de facções criminosas com atuação dentro e fora do estado. Ao todo, foram expedidos 30 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão em oito cidades paraibanas, além de localidades no Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
A primeira ação, batizada de Operação Leviatã, teve como foco homens investigados por integrar uma organização criminosa. Entre os 30 alvos, 12 já estão presos por outros crimes, mas, segundo as investigações, mantinham influência no grupo por meio de celulares dentro das unidades prisionais.
Um dos principais alvos da Leviatã é um líder da facção que já cumpre pena, apontado como responsável por coordenar as atividades do grupo em municípios do interior da Paraíba. Outro investigado, identificado como chefe da facção na zona leste de Campina Grande, também foi alvo da ação, assim como suspeitos com atuação em cidades do Curimataú e em duas comunidades campinenses.
No Rio Grande do Norte, dois homens são investigados por fornecer armas aos criminosos paraibanos, incluindo um armamento produzido em impressora 3D, apreendido em março deste ano no município de Nova Floresta.
A segunda frente policial, denominada Operação Libertas, cumpriu mandados de prisão temporária e busca e apreensão contra suspeitos de tráfico de drogas, assaltos e homicídios. Um dos alvos chamou atenção: um ex-guarda municipal, condenado por assalto a banco em 2022, que havia perdido o cargo, mas foi recontratado em 2025 por “excepcional interesse público”.
De acordo com as investigações, ele é apontado como líder de uma facção criminosa nas cidades de Cubati e São Vicente do Seridó, além de suspeito de ordenar diversos homicídios na região.
As cidades onde os mandados foram cumpridos não foram divulgadas. A Polícia Civil deve detalhar os resultados das operações em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5), na cidade de Campina Grande.