Polícia prende chefe de milícia mandante da morte de Marielle Franco, na PB

Prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), no município de Queimadas, na região de Campina Grande

A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta quarta-feira (28) um homem apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como sendo um dos chefes de uma milícia daquele estado. A organização criminosa foi citada em uma reportagem da revista Veja, em 17 de julho deste ano, pela viúva do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega (morto na Bahia e investigado por chefiar milícias no Rio), ao falar sobre quem teria matado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

A prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), no município de Queimadas. O alvo estava na companhia de outro homem, que também foi preso. A ação contou com o apoio da 2ª Superintendência de Polícia Civil.

O nome do alvo principal está no site Disque Denúncia do Rio de Janeiro. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público carioca, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018.

De acordo com o delegado Diego Beltrão, da Draco, as investigações descobriram que esse homem cometeu outro assassinado naquele estado, no dia 3 de junho deste ano, o que pode ter sido o motivo para ele fugir para a Paraíba.

“Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, disse o delegado.

Autoridades policiais do RJ já tomaram conhecimento da prisão desse homem na Paraíba e confirmaram a periculosidade do criminoso. “É um dos chefes de milícia mais procurados aqui no Rio de Janeiro”, declarou o delegado Henrique Damaceno.