PL para alterar o nome do Aeroporto de JP para José Maranhão tramita no Senado

Melhores do Senado: ranking aponta Maranhão o 1º da PB e 10º do Brasil; Cássio é apenas o 43º

O Senado Federal analisa projeto de lei para alterar o nome do aeroporto Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa, para aeroporto Governador José Maranhão, em homenagem ao senador morto este ano vítima de sequelas da Covid-19.

A matéria foi apresentada nessa quinta-feira (18) e será encaminhada para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e caso seja aprovada não precisará ir para análise do plenário.

“Era um apaixonado pela política tanto quanto pela aviação: para ele, pilotar era, além de vocação, vida. Foi relator do Código Brasileiro de Aeronáutica de 1986 e de sua revisão, que ainda se encontra em tramitação”, justificou a senadora Nilda Gondim, autora do projeto.

Ela argumenta que a intenção é reverenciar a memória do político. “Identificamos na designação do aeroporto localizado na região metropolitana de João Pessoa, oportunidade única de prestar homenagem condizente com a figura valorosa desse paraibano que se tornou destacada personagem da cena política local, regional e nacional”, afirmou a senadora.

José Maranhão

Nascido em Araruna (PB) em 1933, José Maranhão foi empresário e advogado, formado pela Universidade Federal da Paraíba. Exerceu o mandato de deputado estadual quatro vezes (1955-1969), foi deputado federal em três legislaturas (1983-1995), inclusive durante a Assembleia Nacional Constituinte. Atualmente, era presidente estadual do MDB.

Em 1994, elegeu-se vice-governador da Paraíba, em chapa com o ex-senador Antonio Mariz. Assumiu o governo com o falecimento deste, e obteve a reeleição em 1998. Em 2002, elegeu-se para o primeiro mandato como senador. Voltou a concorrer ao governo estadual em 2006, ficando em segundo lugar, mas assumiu o Palácio da Redenção em 2009 após a cassação do primeiro colocado, Cássio Cunha Lima. Tentou a reeleição em 2010, sem sucesso, mas conquistou um segundo mandato no Senado em 2014.

Em sua carreira no Senado, José Maranhão presidiu entre 2015 e 2016 a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na condição de senador mais idoso, ele presidiu a eleição da Mesa Diretora em 2019, na primeira ocasião da história recente do Senado em que nenhum dos membros da Mesa em exercício podia fazê-lo (10 dos 11 membros não estavam mais no Senado e o 11º, o senador Davi Alcolumbre, era candidato na eleição).

Casado com a desembargadora Maria de Fátima Bezerra, deixou três filhos (Maria Alice, Leônidas e Letícia) e dois netos (José Neto e Maria de Fátima). Do Mais PB.