Piza abre as portas de casa, mostra gratidão ao Botafogo-PB e projeta mais títulos no clube

Os números de Evaristo Piza no comando do Botafogo-PB justificam o grande trabalho coroado no há uma semana, com o título paraibano. O tricampeonato estadual do Belo foi o primeiro dele no clube. Foram 12 vitórias em 14 jogos disputados. E, pelo menos na intenção do treinador, foi apenas a primeira conquista de muitas que possam vir. O retrospecto favorável à beira do gramado trouxe estabilidade ao seu cargo. Com a família fixada em João Pessoa e o trabalho otimizado com grandes resultados, o professor deseja retribuir com títulos toda a segurança que o clube lhe ofereceu.

Retrospecto geral de Evaristo Piza

38 jogos
23 vitórias
10 empates
5 derrotas
58 gols marcados
25 sofridos
79 pontos conquistados de 114 disputados
Aproveitamento de 69,3%

Evaristo Piza chegou ao Botafogo-PB no dia 12 de junho de 2018, com a missão de revigorar uma equipe que deixou escapar resultados importantes em grande parte da primeira fase da Série C, sob o comando de Leston Júnior. Restavam nove jogos para Piza incitar a reversão de um cenário que começava a se tornar desfavorável. É que, mesmo com o Belo na quinta colocação na tabela de classificação àquele momento, a confiança estava lesada. Havia um certo despeito que induzia o time à realidade de se afastar da zona de rebaixamento. Mais do que afastar as possibilidades de um possível descenso, o técnico conseguiu classificar o Alvinegro da Estrela Vermelha para a fase de mata-mata e, por muito pouco – ou segundos -, não conseguiu o acesso no confronto contra o Botafogo-SP.

O treinador abriu as portas da sua casa para conceder entrevista exclusiva ao Globo Esporte. Evaristo Piza falou sobre o primeiro título paraibano, deu ênfase à influência e importância dos familiares e também falou sobre os próximos desafios do Belo na temporada. Confira:

Primeiro título no Botafogo-PB

É um título estadual que representa muito na carreira de qualquer treinador. Foi importantíssimo para o clube também, pela organização, por se tornar tricampeão. Mostra que é um clube que vem organizado já há dois anos, com títulos. Só tenho que agradecer pela oportunidade de ter vindo para cá e permanecido aqui.

Influência paterna

Meu pai trabalhou por volta de 25 anos na base do Guarani. Foi auxiliar técnico do Vadão, no Athletico-PR, e também do Mário Sérgio. Vivi, quando criança, o que era a vida de treinador. O sofrimento da derrota, a alegria da vitória. E também algumas discussões. Meu pai era meu treinador. Muitas vezes tinha aquela questão do paternalismo. Diziam que eu só jogava porque meu pai era o técnico. Marcou muito a minha vida e me impulsionou a esse momento.

Família por perto

Minha família ter vindo (a João Pessoa) me deu força. Sou grato ao clube que me deu essa segurança. É difícil para o treinador trazer a família. O futebol brasileiro é muito de resultado. A todo momento você tem que trazer resultado. Daí você faz uma mudança, os filhos vêm, você muda eles de escola. Você corre riscos. É um clube que me deu segurança. Estenderam o contrato e me deram essa possibilidade de trazê-los.

Copa do Nordeste e sonho do acesso

Seria um sonho com chances reais. Depende muito da gente, principalmente na Copa do Nordeste. Temos uma semifinal dentro de casa, onde nós somos fortes e temos os torcedores junto da gente. Na Série C, precisaremos da regularidade que estamos tendo até então. Foram 27 jogos e apenas três derrotas, sendo duas delas com uma equipe alternativa. São 18 vitórias e cinco empates. Mostra a performance desse elenco. É claro, a dificuldade vai aumentando. Começa a ser um time visto. Mas todos esses números nos impulsionam a buscarmos a conquista desse objetivo. Não vamos medir esforços.

As informações são do GE/PB