A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), detida hoje durante a segunda fase da “Operação Território Livre”, já estava sob investigação da Polícia Federal desde 2022, quando seu nome foi mencionado na “Operação Bayerische”.
Essa operação focava no tráfico interestadual de drogas e na lavagem de dinheiro. As investigações revelaram uma proximidade preocupante entre traficantes e pessoas com cargos ou ambições políticas, destacando a conexão de Raíssa com o crime organizado.
Em um dos desdobramentos da investigação, foi identificada uma conversa entre Raíssa Lacerda e o traficante Leonardo Santos de Souza, conhecido como “Léo”.
A Polícia Federal afirma que, no diálogo, o traficante cobra uma dívida da vereadora, supostamente relacionada ao apoio que ele ofereceu à sua campanha eleitoral, incluindo a utilização ostensiva de seu veículo como propaganda.
A PF também ressaltou a “promiscuidade” da relação entre a vereadora e o crime organizado, um fato que, segundo a investigação, já havia sido tema de discussões na mídia local. Segundo os investigadores, a ligação de Raíssa com o crime tem como principal objetivo o controle de votos no bairro São José, configurando o que é chamado de “voto de cabresto”. Em troca, favores são concedidos aos criminosos durante o exercício de seu mandato eletivo.