PF e CGU realizam operação contra lavagem de dinheiro no Sesi da Paraíba

Objetivo é combater também a prática de crimes de fraude à licitação, superfaturamento em obras e peculato

A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quinta-feira (2), em parceria com a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) da Operação Cifrão, que tem por objetivo combater a prática de crimes de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e de lavagem de dinheiro no Departamento Regional do Sesi/PB.

A investigação teve início a partir de fatos constatados pela CGU, quando da realização de auditoria no Departamento Regional do Serviço Social da Indústria na Paraíba (Sesi/PB), na qual se constatou superfaturamento de mais de dois milhões de reais em três obras de construção e reforma de Centros de Atividades do Sesi/PB, além da existência de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (FIEP, SESI, SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi)

Com o aprofundamento das investigações pelos órgãos parceiros, constatou-se movimentações financeiras entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sistema Indústria da Paraíba, por meio de uma ginástica financeira, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos.

Impacto social

O desvio de recursos destinados ao Serviço Social da Indústria (Sesi) acarreta prejuízo para toda a comunidade atendida pelo SESI, uma vez que a Instituição atende indústrias e trabalhadores em gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e na promoção da saúde e educação dos trabalhadores, seus dependentes e comunidade, sendo tais atividades custeadas com contribuições das indústrias em percentuais incidentes sobre as folhas de pagamento de seus funcionários.

Diligências

Os trabalhos contam com a participação de 09 auditores da CGU e 96 policiais federais, sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão nas cidades paraibanas de Campina Grande, Queimadas e João Pessoa. As equipes utilizam equipamentos de proteção individual (EPI), para que não haja comprometimento das medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus.