PF cumpre mandado de prisão contra suspeito de ter arrombado agência dos Correios, na PB

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), o cumprimento de mandado de prisão preventiva, expedido pela 16ª Vara Federal na Paraíba, contra o indivíduo acusado de ter, juntamente com alguns comparsas, arrombado a Agência dos Correios da cidade de Pedro Régis, na Paraíba, no dia 30 de dezembro de 2015.

O acusado, conhecido como “Japa” ou “Pampo”, cujo nome seria Alysson Elias da Silva, já se encontrava preso no presídio PB-01 a alguns meses.

Entenda o caso

Alysson havia sido “alvo” de outras ações semelhantes da Polícia Federal anteriormente, haja vista estar sendo acusado de ter assaltado seis Agências do Correio na Paraíba no ano de 2018 (Esperança, em 12 de julho de 2018, Jacaraú/PB em 20 de julho de 2018, Picuí/PB em 27 de julho de 2018, Bayeux/PB em 21 de setembro de 2018 e as ACs de Juripiranga/PB e Cruz das Armas, em João Pessoa, na mesma data e, contra o mesmo foram cumpridos Mandados de Prisão Preventiva por todos esses crimes em fases anteriores da mesma investigação, nas datas de 13 de novembro de 2018, na Operação Yakuza I e 10 de julho de 2019, na Operação Yakuza II.

Alysson Elias ainda responde a crimes diversos, inclusive homicídios, em diversas comarcas do interior da Paraíba, tais como Cruz do Espírito Santos/PB, Solânea/PB e Sapé/PB.

O crime ao qual se refere o mandado de prisão cumprido na data de hoje se deu na madrugada do dia 30 de dezembro de 2015.

Na ocasião, cinco elementos armados chegaram ao local, em Pedro Régis/PB tripulando um veículo, possivelmente um VW Golf, parando em frente à agência. De acordo com as imagens de CFTV, quatro deles descem do carro e o motorista dá marcha a ré forçando a porta da agência a arrombando-a.

Ainda de acordo com as imagens, pelo menos 3 elementos portam revólveres e um outro uma arma longa, possivelmente uma espingarda calibre 12.

Após subtrair itens do local (apenas correspondências pois o numerário presente na Agência dos Correios não foi levado do interior do cofre) os criminosos fogem no mesmo veículo em que estavam. Na época foi instaurado Inquérito Policial para investigar o caso.

Entretanto, vez que as imagens não possibilitaram a identificação das placas do veículo em
razão da luminosidade, e os ladrões terem seus rostos parcialmente cobertos, o procedimento
foi encerrado na data de 06 de julho de 2017 sem que houvesse sido indicada a autoria do crime.

Provas científicas

Em que pese o esclarecimento do crime ter sido frustrado num primeiro momento, a equipede perícia de local que esteve na cena de crime conseguiu recolher um fragmento de impressão digital passível de comparação e incluí-lo no banco de dados do sistema AFIS (Automatic Fingerprint Impression System), que por sua vez faz comparações automáticas de fragmentos de impressão digital.

Na época dos fatos o sistema não achou nenhuma convergência com os suspeitos incluídos
no (s) banco(s) de dados.

Ocorre que quando da investigação da Operação YAKUZA II, a planilha decadactilar (dez dedos) de Alysson Elias foi incluída no sistema (em data bem posterior ao arquivamento da primeira investigação), houve a convergência entre essa planilha, coletada do suspeito, e o fragmento de impressão digital localizado na cena do crime em Pedro Régis/PB.

Com base nessa comparação os papiloscopistas da Polícia Federal na Paraíba puderam atestar
que Alysson Elias era um dos perpetradores do crime em apuração, tendo, a partir disso,
sido solicitado à Justiça Federal o desarquivamento do caso para responsabilização penal e
expedição de ordem de prisão em seu desfavor.

O mesmo responderá pelo (s) crime (s) do Art.155, §4º, I e IV do Código Penal Brasileiro.

Nome da operação

O nome da operação é uma alusão aos mafiosos japoneses (YAKUZA) e faz menção direta ao
acusado que, por alguma razão desconhecida, tem feições orientais, ao ponto de seu apelido
ser “JAPA”.