Pedido de soltura de Ricardo Coutinho será decidido pelo presidente do STJ

Caberá ao ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidir ou não pela soltura do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que está preso em uma cela especial na Penitenciária Média Hitler Cantalice, conhecida como a ‘Média de Mangabeira’.

No início desta tarde, o STJ recebeu um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-governador. Inicialmente, processo foi distribuído por dependência à ministra Laurita Vaz, a mesma que negou os pedidos de liminar impetrados por Coriolano Coutinho e Gilberto Carneiro. No entanto, como a Justiça já está em regime de plantão, a análise caberá agora ao presidente João Otávio de Noronha.

Ricardo Coutinho foi preso ontem à noite, em Natal (RN), após desembarcar de um voo vindo da Europa em. O ex-governador paraibano teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na última terça-feira (17), quando foi deflagrada a 7ª fase da Operação Calvário – investigação que apura o desvio de recursos da Saúde e Educação no Estado.

Pedido de soltura de Ricardo Coutinho será decidido pelo presidente do STJ

Audiência de custódia

Na manhã desta sexta-feira (20), Ricardo passou por audiência de custódia na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Apesar da apelação da defesa, o juiz Adilson Fabrício decidiu manter a prisão preventiva e encaminhou o ex-governador à ‘Média de Mangabeira’.

Durante a audiência, Ricardo Coutinho alegou inocência. “A primeira acusação que tenho conhecimento é recebimento de recursos financeiros ilegais. Eu digo publicamente que sou inocente. Não recebo recursos ilegais de ninguém”, destacou.

“A segunda acusação é de ter sociedade com Lifesa. Não tenho sociedade com nenhuma empresa. Tenho uma única empresa que nunca movimento uma nota fiscal que é uma consultoria pessoal chamada Filipeia. E não movimentou porque eu abrir esse ano, porque foi um ano muito difícil por ataques à minha reputação”, completou o ex-governador.

“A terceira acusação que tenho conhecimento é de que eu fraudava a seleção para o Hospital Regional Metropolitano. Não posso considerar verídica porque ela foi monitorada pelo Tribunal de Contas e Ministério Público. E finalmente a outra acusação que tenho conhecimento é que eu controlava os poderes. É necessário dizer que isso é uma afronta aos poderes. Eu nomeie todos os chefes de poderes em primeiro lugar, todos eles, amigos ou não, nomeie devido à lista de escolha. Meu governo foi o mais fiscalizado da história desse estado”, acrescentou Ricardo.