A paternidade da Transposição é do povo nordestino, diz Michel Temer

O presidente Michel Temer disse hoje (10) que ninguém pode ter a paternidade das obras de transposição do Rio São Francisco, uma vez que ela foi financiada pelo povo brasileiro por meio do pagamento de impostos. A declaração foi feita durante visita que faz à Paraíba.

Um pouco antes do discurso presidencial, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, havia dito que a execução do projeto só foi possível graças também à atuação de diversos ministros e ex-presidentes, desde sua concepção, o que, seguindo ele, inclui, além do presidente Temer, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Para Temer, a paternidade da obra só pode ser concedida ao contribuinte brasileiro. “O ato de maior significação, de maior relevância, de maior interesse do povo de Campina Grande, do povo de vários estados, do Nordeste, é exatamente a Transposição do rio e as águas que estão chegando hoje no estado da Paraíba. Como vocês puderam perceber, muitos esforços, nesses poucos meses de Governo para que pudéssemos chegar a esse ponto. Mas eu não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino. Que vocês é que pagaram impostos ao longo do tempo, vocês é que permitiram que nós pudéssemos fazer grandes investimentos. Nessa obra que vai cada vez mais sendo festejada”, declarou.

Durante o evento, Temer assinou a ordem de serviço para a adequação de capacidade da BR-230, trecho Cabedelo-Oitizeiro. As obras na rodovia, ao longo de 28 quilômetros (km), vão envolver a criação da terceira faixa em alguns pontos e a construção de viadutos e passarelas.

De Campina Grande, o presidente irá aos municípios de Sertânia e de Monteiro, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba, para ver a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco. Em Sertânia, ele abrirá a comporta de um dos trechos de transposição do Rio São Francisco.

De helicóptero, o presidente vai se deslocar até o município de Monteiro, no lado paraibano, para acompanhar o deslocamento das águas do São Francisco. Em Monteiro, ele participa de cerimônia alusiva à chegada das águas, com a presença de autoridades locais.