Pastora paraibana é presa por suspeita de aplicar golpe que prometia lucro de um ‘octilhão’ de reais

Suspeita foi encontrada na casa da filha em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, na quarta-feira

A paraibana Maria Aparecida Gomes Barbosa, 63 anos, foi presa em Santa Catarina por suspeita de participar de um esquema fraudulento que enganou cerca de 50 mil pessoas no Brasil e no exterior com promessas de um ‘octilhão’ de reais a fiéis. Ela é pastora missionária e natural de Patos, na Paraíba. Suspeita foi encontrada na casa da filha em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, na quarta-feira (20).

A Polícia Civil afirma que ela era uma espécie de administradora do grupo, que era liderado pelo pastor Osório José Lopes Júnior, considerado foragido. Ela teria relação próxima com ele e seria responsável por coordenar os grupos sociais, angariar as vítimas e captar mais investimentos, segundo o delegado Marco Aurélio Sepúlveda.

O grupo usava uma teoria conspiratória chamada “Nesara Gesara” e prometia lucro de até um “octilhão” de reais aos fiéis que frequentavam suas igrejas.

As investigações apontam que o grupo movimentou R$ 156 milhões em 5 anos, criou 40 empresas fantasmas e movimentou mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Prisão em SC

A Polícia Civil de Santa Catarina foi acionada na quarta-feira (20) para prestar apoio operacional após os investigadores do Distrito Federal receberem a informação de que a mulher estaria na casa da filha. Os agentes catarinense fizeram a prisão da suspeita. Inicialmente, o mandado deveria ser cumprido no Distrito Federal.

A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR).

O esquema

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, os suspeitos usavam redes sociais para cometer os golpes. O objetivo era convencer as vítimas a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias.

A investigação afirma que o grupo é composto por 200 integrantes, incluindo dezenas de pastores. A investigação aponta que os investigados prometiam retorno “imediato e rentabilidade estratosférica”.

“Foi detectada, por exemplo, a promessa de que somente com um depósito de R$25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de Um Octilhão de Reais, ou mesmo “investir” R$2 mil para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros”, apontam os investigadores. Com o g1.