Parlamentar se revolta com tratamento de Cartaxo com agentes de saúde

O vereador Marcos Henriques (PT) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta quinta-feira (11), para mostra indignação pela falta de diálogo entre a Gestão Municipal e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

De acordo com o parlamentar, os agentes realizaram, na última terça-feira (9), uma mobilização em frente ao Paço Municipal e tiveram a articulação desmanchada por terem agendada uma reunião com os gestores da área de saúde, que não aconteceu porque os gestores não estavam no lugar marcado, para dialogar com a categoria.

“Os agentes de saúde estão negociando uma pauta justíssima. Eles estão sem condição de trabalhar. Falta material básico, como, por exemplo, protetor solar, que tem causado câncer de pele nos agentes. Fomos dialogar em uma manifestação tranquila, com a perspectiva de serem atendidos no Paço. Recebemos uma ligação convidando para dialogar no Instituto de Previdência Municipal (IPM). Quando lá chegamos, não encontramos ninguém”, afirmou o vereador.

Marcos Henriques falou que a mobilização contou com cerca de 200 agentes de saúde que “ensejou” o fechamento de ruas de forma ordeira e organizada. Ele ainda afirmou que conseguiu falar com o líder do governo na CMJP, vereador Helton Renê (PCdoB), que nada conseguiu fazer, naquele momento.

“Estou totalmente indignado com a postura da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). É um descaso, inclusive, com esta Casa que tem a prerrogativa de intermediar as negociações dos trabalhadores com a Gestão Municipal. Estamos prontos para negociar mas toda negociação precisa do pressuposto da boa fé. Não levamos nem 15 minutos para chegarmos no IPM e ninguém estava lá para negociar”, falou o parlamentar

Os agentes de saúde ocuparam as galerias da casa, na pauta de reivindicações dos agentes, reajuste salarial, retorno das gratificações e melhorias nas condições de trabalho

e cobrando dos parlamentares que abracem a luta por recomposição salarial e melhores condições de trabalho, entre outros pleitos

Apartes

A vereadora Sandra Marrocos (PSB) chamou o a gestão de inoperante e falou que era uma irresponsabilidade não negociar com as categorias do município. “Não podemos mais acreditar nesta Gestão, os agente de saúde precisam ficar em vigília. Estamos cotidianamente lutando por está questão”, disse.

O vereador Leo Bezerra (PSB) se disse abismado com a falta de negociação de uma Gestão que prega o diálogo e a transparência. “Esses agentes formam o elo principal da saúde do município. É a atenção básica para a população. A saúde não merece ser tratada desta forma”, reclamou.

Os parlamentares Humberto Pontes (Avante) e Eduardo Carneiro (PRTB) destacaram o descaso com a categoria e conclamaram o líder da situação, vereador Helton Renê (PCdoB), para ser mais efetivo nas negociações.

O vereador Helton Renê, reconheceu a necessidade de ampliar o diálogo com os agentes de saúde e afirmou que a Prefeitura tem avançado na questão e que houve contato com o secretário de Articulação Política Zennedy Bezerra mas a categoria já estava na mobilização, então a Gestão resolveu aguardar para num segundo momento conversar com a categoria. “Entendo que a luta é nobre, tem a ver com cidadania e trabalho mas todo processo de diplomacia é longo, e requer paciência e discussão. Não é o caminho mais curto mas é o mais acertado e mais sólido”, defendeu.

O vereador Milanez Neto (PTB) rebateu as criticas à Gestão alegando que existem avanços importantes. “Chamar de inoperante um governo que reajusta o salário dos professores. Dizer que não houver avanços na saúde com a nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas e a construção da UPA dos Bancários. Vamos cobrar soluções para os agentes de saúde sem fazer deles cavalo de batalha político”, afirmou.