Parlamentar da PB está em lista dos investigados pelo STF que votam a favor de Temer

O líder do governo na Câmara, o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) aparece em um levantamento feito pelo Congresso em Foco dos parlamentares que declararam voto contra a investigação do presidente Michel Temer (PMDB) e são investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Aguinaldo responde ao inquérito 3989 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e quadrilha, na Operação Lava Jato. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, Aguinaldo se beneficiava de pagamento mensal de propina feito ao PP, a partir de desvios em contratos da Petrobras.

Denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer (PMDB) tem a promessa de apoio de quem conhece bem os meandros do Ministério Público e da Justiça. Um em cada três dos 61 deputados (veja a lista abaixo) que já declararam publicamente que votarão contra o recebimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente no Supremo Tribunal Federal responde a acusações criminais na própria corte.

Ao todo,  23 deputados que apoiam abertamente o presidente são investigados no Supremo por crimes como corrupção, contra a Lei de Licitações, eleitorais, falsidade ideológica e formação de quadrilha, entre outros.

Entre eles, ao menos oito já são réus – condição da qual Temer tenta escapar. Só o deputado Roberto Góes (PDT-AP) acumula dez ações penais e oito inquéritos. No momento, nenhum parlamentar coleciona mais acusações criminais do que ele no Supremo. Na lista dos parlamentares que dizem não ver indícios de que o peemedebista cometeu crime estão pelo menos 12 investigados na Operação Lava Jato. Desses, dois já tiveram denúncia aceita pelo Supremo e são réus: Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Nelson Meurer (PP-PR).

Votação

Cabe ao plenário da Câmara dar aval ou não para que o STF possa aceitar a denúncia e abrir processo contra o presidente. Para isso, é necessário o apoio de pelo menos 342 deputados. Nesse caso, ele terá de se afastar da Presidência por 180 dias até ser julgado. O presidente é acusado de ser o destinatário da mala com R$ 500 mil de propina da JBS, entregue ao ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), além da promessa de R$ 38 milhões em vantagens indevidas.