Paraibana segue em 3º na disputa pela Prefeitura de São Paulo, aponta pesquisa

Faltando um mês para o início da campanha eleitoral, o deputado federal Celso Russomanno, do PRB, lidera de maneira isolada a disputa pela Prefeitura de São Paulo e venceria todos os seus adversários em simulações de segundo turno, de acordo com o Datafolha.

O pré-candidato do PRB tem 25% das intenções de voto, à frente das ex-prefeitas Marta Suplicy (PMDB), com 16%, e Luiza Erundina (PSOL), com 10%. O prefeito Fernando Haddad (PT), que vai tentar a reeleição, aparece com 8%, em empate técnico com o tucano João Doria, que tem 6%.

Erundina é paraibana, da cidade de Uiraúna, mas construiu sua carreira política em São Paulo.

Marco Feliciano (PSC) foi citado por 4% dos eleitores ouvidos pelo instituto e Andrea Matarazzo (PSD), por 3%. Brancos e nulos somam 19% e outros 4% não souberam opinar. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, que ouviu 1.092 pessoas, foi realizada entre a terça (12) e a quarta-feira (13).

Datafolha: prefeitura de São Paulo – Cenário 1: com Russomanno. Respostas estimuladas, em %

O Datafolha também pesquisou o cenário eleitoral na capital sem a candidatura de Russomanno. O deputado do PRB, partido ligado à Igreja Universal, pode ser impedido de concorrer caso o Supremo Tribunal Federal confirme condenação dele por peculato (desvio de dinheiro público).

Ele foi acusado de empregar uma funcionária de seu gabinete na Câmara como gerente de sua produtora de vídeo em São Paulo. Se os juízes mantiverem a decisão, ele pode ser enquadrado como ficha suja. O julgamento deve acontecer no início de agosto.

Sem Russomanno na disputa, a liderança fica com Marta, com 21%, seguida por Erundina, com 13%, e Haddad, com 11%. Doria aparece com 7% e Matarazzo e Feliciano estão empatados com 5%.

Nesse cenário, os votos brancos e nulos vão a 25% —outros 5% dos entrevistados não souberam responder.

Datafolha: prefeitura de São Paulo – Cenário 2: sem Russomanno. Respostas estimuladas, em %

ALTA REJEIÇÃO

Os números do Datafolha mostram ainda situação bastante desfavorável a Haddad.

Em meio à desaprovação ao PT e ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o prefeito é hoje o candidato mais rejeitado –45% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum.

Em seguida, vêm Feliciano, rejeitado por 32%, e Marta, com índice de 31%. Nas simulações de segundo turno, Russomanno mantém vantagem acima dos 15 pontos percentuais sobre seus quatro principais rivais.

Contra Doria, o deputado venceria por 58% a 18%. Em uma simulação de segundo turno entre Haddad e Doria, o tucano aparece com 34% ante 30%.

Apoiado pelo governador tucano Geraldo Alckmin, Doria obteve a indicação do PSDB após prévias que provocaram a saída de Matarazzo para o PSD. O pré-candidato tucano ainda enfrenta a resistência de setores de
seu próprio partido.

Metade do eleitorado diz que não o conhece, dado que pode ser interpretado como uma vantagem, pois em tese aumenta seu potencial de crescimento.

Com a reforma eleitoral aprovada em 2015, os candidatos terão menos tempo de campanha até a eleição, no dia 2 de outubro. O período autorizado de campanha foi reduzido de 90 para 45 dias.

Outra novidade é o fim das doações por empresas, o que pode reduzir muito os custos da campanha, mas aumentar o risco de caixa dois.

Líder em um dos cenários pesquisados pelo instituto, Marta Suplicy desponta como principal rival de Russomanno e vai contar com o apoio do presidente interino, Michel Temer. Ela é a candidata que mais se aproxima do deputado do PRB em simulações de segundo turno.

Outra pré-candidata que governou o município pelo PT, Luiza Erundina, filiada ao PSOL em março, aparece em condições melhores do que da última vez que disputou o cargo, em 2004, quando obteve só 4% dos votos válidos.

Deputada federal, ela concorreu à presidência da Câmara nesta semana e ficou em sexto lugar. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número SP-02963/2016.⁠⁠⁠⁠