Paraíba recebe nota 10 em estudo do Ipea sobre gestão científica no combate à pandemia

Avaliação levou em conta a expertise dos integrantes dos comitês, o grau de interdisciplinaridade e de transparência dos trabalhos, e a influência das medidas recomendadas

A Paraíba recebeu nota 10 em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que avalia as políticas adotadas com base científica para combater o coronavírus. Além do estado, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também receberam a nota máxima.

“Essa é mais uma avaliação que comprova o nosso compromisso e, acima de tudo, o nosso respeito com a vida das pessoas. Todas as nossas ações sempre tiveram esse foco. Foi justamente esse olhar atencioso da nossa gestão com cada paraibano que fez com que nos antecipássemos aos problemas, que agíssemos de acordo com as evidências científicas, defendendo a vacina no braço, abrindo novos hospitais, leitos de UTI e de enfermaria, assegurando atendimento a todo cidadão. Ao longo desse período, cuidamos não apenas da saúde, mas todos os setores do governo estiveram envolvidos para darmos as respostas necessárias à sociedade”, disse o governador João Azevêdo (Cidadania).

A avaliação levou em conta a expertise dos integrantes dos comitês, o grau de interdisciplinaridade e de transparência dos trabalhos, e a influência das medidas recomendadas sobre políticas de enfrentamento à pandemia, ou seja, se as recomendações foram aplicadas pelos Executivos Estaduais.

“Os governos estaduais preencheram em parte um espaço deixado pelo governo federal”, afirma o técnico de planejamento Rodrigo Fracalossi de Moraes, responsável pelo estudo.

O estudo ainda avaliou as datas de criação de comitês, indicando a velocidade de resposta à pandemia e a abrangência e clareza das suas funções.

No total, 12 estados receberam notas iguais ou superiores a 7,5. Indo na contramão da Paraíba e de mais três estados, Mato Grosso, Roraima, Amapá e Alagoas tiveram as notas mais baixas de -0,3 a 3,2.

De acordo com o estudo, 14 estados recomendaram o chamado tratamento precoce, que conta com fármacos como ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina. Os remédios compõem o chamado ‘Kit Covid’, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Estudos apontam que os medicamentos não devem ser utilizados no tratamento da Covid-19, pois não possuem eficácia científica comprovada ou suficiente para a finalidade.