Paraíba ocupa terceira colocação no Nordeste em doação de córneas

De acordo com relatório recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Paraíba está em terceiro lugar no Nordeste em relação à doação e processamento de córneas para transplante, só ficando atrás de Pernambuco e Ceará. De acordo com a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central de Transplantes da Paraíba, Myriam Carneiro, já foram realizados 110 transplantes de córnea no Estado este ano. Até o final do ano, a meta é superar a marca de 2013, que foi de 166. O Estado conta com 119 doadores no banco de córneas.

Além dos transplantes de córnea, a Paraíba realizou este ano 28 de rim, sendo 10 com doador cadáver e 18 com doador vivo, e um de fígado. Na lista de espera, o Estado tem 185 pacientes para transplante de córnea, 315 para rim, dois para fígado e um para rim/pâncreas. Não há nenhum paciente a espera de transplante de coração.

“Esses números só mostram o resultado de todo um trabalho diário que a central vem realizando. Ficamos acima da média nacional de doação e isso é muito bom porque a Paraíba é um Estado pequeno, mas mesmo assim, com muito esforço para a conscientização da população e com a nossa buscativa diária em todos os hospitais, estamos vendo os resultados. Não acontece nenhum óbito nos hospitais de João Pessoa que a central não tome conhecimento e que não vá fazer uma entrevista familiar para doação. Isso já está se tornando uma cultura, que é o nosso desejo”, disse Myriam Carneiro.

Ela explicou também que a Central de Transplantes conta com um programa de educação continuada, por isso a campanha de doação de órgãos dura o ano inteiro, e não só em setembro, mês da campanha nacional de doação. “Durante todo o ano, a gente frequenta as universidades, principalmente os cursos da área de saúde, como medicina e enfermagem, fazendo palestras, falando sobre a morte encefálica, que é muito importante, pois tudo se inicia com o profissional de saúde identificando esses potenciais doadores. Nós realizamos também um trabalho junto às comunidades, através das igrejas, participando de missas, de cultos evangélicos e visitando escolas. A nossa campanha, nesse sentido, dura o ano todo”.