A Paraíba já imunizou 56.246 meninas com a segunda dose da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), com uma cobertura de 56,55%, acima do índice da cobertura nacional, que é de 55,57%. A realização da segunda dose aconteceu em setembro do ano passado em escolas e unidades de saúde. A vacina quadrivalente foi introduzida ao Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde para meninas de 11 a 13 anos de idade em 2014. A ampliação do calendário foi realizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Na Paraíba, a aplicação da 1º dose ocorreu em março nas escolas de todo o Estado, que ultrapassou a meta estipulada de imunizar 80% do público alvo, alcançando 98,69% (97.560 meninas).
De acordo com o enfermeiro do Núcleo de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Edson Lira, a faixa etária com menor cobertura é a de 12 anos de idade, com 54,94%, seguida da de 13 anos, com 69,06%. Edson ressalta que esse número pode não ser real, pois 14 municípios ainda não informaram ao sistema as doses aplicadas na segunda etapa da vacinação. “Além disso, existe o fato de que na aplicação da primeira dose tivemos êxito e boa aceitação, principalmente por a vacina ter sido realizada nas escolas, que são os locais mais fáceis de encontrar essas meninas de 11 a 13 anos. Já pra segunda dose, os municípios ficaram com a opção das escolas ou unidades de saúde, o que dispersou um pouco essas meninas”, explicou.
O Núcleo Estadual de Imunização está novamente reforçando junto aos municípios a necessidade de agilizar a alimentação do sistema e, consequentemente, aumentar a cobertura vacinal. “Novas estratégias deverão ser discutidas junto as Gerências Regionais de Saúde e municípios para que possamos alcançar na segunda fase o mesmo êxito alcançado na primeira etapa. Além disso, é importante que as meninas se conscientizem para a procura da segunda dose da vacina. Quando tomaram a primeira dose, elas receberam um cartão-lembrete com a data para tomar a segunda [dose]. Então, elas devem procurar se informar na própria escola sobre onde podem receber a vacina”, concluiu Edson.