PB figura entre os três estados com maior número de casos de violência política

No Brasil, foram registrados 338 episódios, representando um aumento de 115,3% em relação ao trimestre anterior

Foto: Donardo Borges/IMCOS/TRE-PI

Um levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio), divulgado na sexta-feira (19), revela que a Paraíba registrou 23 casos de violência contra lideranças políticas ou seus familiares entre julho e setembro deste ano. O estado ocupa o terceiro lugar no ranking de violência política no país, ao lado da Bahia e do Ceará, que também contabilizaram 23 casos cada.

No Brasil, foram registrados 338 episódios de violência política no período, representando um aumento de 115,3% em relação ao trimestre anterior. O estudo mostra que 25 partidos políticos de diferentes espectros ideológicos foram afetados. A Paraíba segue a tendência nacional de aumento dos índices de violência contra políticos, especialmente durante o período eleitoral.

Em todo o país, o partido União Brasil foi o mais atingido, com 41 episódios, seguido pelo PT (39), MDB (37) e PL (33). O relatório também destaca que a maior parte das vítimas foram lideranças políticas locais (267) que participaram do pleito municipal, incluindo 38 pré-candidatos. A maioria dos alvos foram homens (71%), com idades entre 40 e 59 anos (52%).

A violência física foi o tipo mais comum de ataque no período, com 179 casos registrados. Além disso, 88 tentativas de homicídio contra políticos ocorreram entre julho e setembro, resultando em 33 mortes. Desde 2019, o Observatório da Violência Política e Eleitoral (OVPE) já contabilizou 2.673 episódios de violência política em todo o Brasil.

Com o aumento dos casos, o cenário na Paraíba reflete a escalada de violência política no país, tornando o combate a esses crimes uma preocupação crescente no estado.