Pandemia: rede comunitária de Bayeux combate violência contra a mulher

Rede aborda várias temáticas e vem fazendo o monitoramento dos casos de violência no município neste período de pandemia da Covid-19

Com o isolamento social, devido à pandemia, inevitavelmente, as pessoas ficam muito mais tempo dentro de casa do que em período normal. Com isso, vem aumentando os casos de violência contra as mulheres. Pensando em amenizar essa problemática, a Rede Comunitária do Mario Andreazza, que aborda várias temáticas sobre as violências, tem atuado no enfrentamento à violência contra a mulher, fazendo o monitoramento dos casos de violência no município de Bayeux, neste período de pandemia do coronavírus.

A Rede é composta por vários órgãos públicos e organizações da sociedade civil. Para realizar esse monitoramento da violência contra a mulher, foi formada uma comissão com os representantes: Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste; Centro de Mulheres Jardins da Esperança; Polícia Militar; Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Defesa da Mulher; Comissão de Direitos Humanos, da OAB; Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher e Guarda Civil Municipal, ambas de Bayeux.

Para a Educadora Social, do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, Anne Suellen, o foco da Rede é discutir as problemáticas existentes na comunidade, entre elas, a violência. “Para que isso aconteça, é necessário que os participantes, diretos e indiretos, estejam abertos para desconstruírem contextos e atuarem juntos buscando a unidade de suas ações. Participar de uma Rede é possibilitar que cada órgão desenvolva suas ações, de acordo com a sua missão, mas, construindo, coletivamente, estratégias para mitigar a violência que a comunidade sofre”, declarou.

“A Rede é resultado da busca da Comunidade do Mário Andreazza por soluções criativas e pensadas, em conjunto, das dificuldades enfrentadas. Nesse contexto, a Polícia Militar entra como parceira nas diversas ações realizadas, enfrentando, juntos, as problemáticas encontradas”, disse o capitão Alexsandro Silva, comandante da Unidade de Polícia Solidária, do bairro.

Para a presidente do Centro de Mulheres Jardins da Esperança, Jucelina de Lima, a Rede fortalece ainda mais o trabalho que o Centro já vem desenvolvendo desde 2004.

“Com a Rede, contamos com a ajuda de outros parceiros para dar melhor orientação/encaminhamento, bem como, pensar ações de enfrentamento à violência contra a mulher, que podem diminuir os casos e empoderá-las a ter coragem de denunciar os seus agressores”, ponderou.

De acordo com os dados do Centro, neste período de pandemia, houve um grande aumento no número de mulheres que vem procurando o órgão. Entre março e junho, deste ano, foram 40 mulheres. No mesmo período, do ano passado, foram atendidas 19 mulheres.

Contatos: Anne Suellen, educadora social, do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste – (83) – 9 8885-9532