Pandemia: mundo ultrapassa a marca de 1 milhão de mortos por Covid-19

Estados Unidos e Brasil têm os maiores números de óbitos. Dados são do monitoramento da Universidade Johns Hopkins

Pandemia: mundo ultrapassa a marca de 1 milhão de mortos por Covid-19
Muçulmanas indonésias andam em meio a túmulos em um cemitério em Jakarta - Foto: Dita Alangkara/AP

O mundo ultrapassou nas últimas horas a marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins. Os Estados Unidos e o Brasil são os países com os maiores números de óbitos.

Além da marca, a velocidade da pandemia também chama atenção: enquanto o mundo levou seis meses para registrar as primeiras 500 mil mortes, foram necessários somente três meses para registrar as outras 500 mil. As últimas 100 mil mortes foram registradas em 12 dias.

Os cinco países com mais mortes são Estados Unidos, Brasil, Índia, México e Reino Unido. Os números brasileiros são do consórcio de veículos de imprensa, que apontavam mais de 142 mil mortes no país pela Covid-19 até as 20h dessa segunda-feira (28). Já os dados mundiais são do monitoramento da Hopkins, com atualização até às 22h também dessa segunda.

Pelos números da última atualização da Johns Hopkins, as mortes por coronavírus no Brasil e EUA, somadas, representavam cerca de 34% do total de vítimas da Covid-19. Para efeito de comparação, juntas, as populações dos dois países representam apenas 7% de toda a população mundial.

No último dia 17, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a aceleração da pandemia na Europa em setembro, impulsionada por altas nas transmissões diárias, principalmente na França e Espanha.

O Reino Unido, que também aparece com os vizinhos europeus na lista dos dez países com mais mortes no mundo, vive uma onda de novos contágios: houve dois dias de recordes diários na última semana.

Novas restrições

Por causa do aumento de casos, vários países europeus anunciaram ou planejam novas restrições para conter a disseminação do vírus.

A região de Madri, na Espanha, se apressa para estender as restrições já em vigor a novas áreas. A partir de segunda (28), 167 mil habitantes adicionais – superando, assim, um milhão de pessoas – poderão sair de seus bairros apenas para trabalhar, ir ao médico ou levar seus filhos para a escola, segundo a agência de notícias France Presse.

No Reino Unido, quase metade do País de Gales estará em confinamento local: a partir das 14h do próximo domingo (4), estará proibida a entrada ou saída nas cidades de Cardiff e Swansea, exceto por razões profissionais ou estudantis.

Na França, um coletivo de médicos pediu a implementação de medidas drásticas “a partir deste fim de semana”, para evitar “uma segunda onda mais difícil de administrar para os hospitais e unidades de terapia intensiva (UTI) do que a primeira”.

Em Bruxelas, na Bélgica, bares e cafeterias começaram a fechar suas portas às 23h. E, na Itália, os torcedores estão muito frustrados porque, por enquanto, os estádios da península não podem receber mais de mil torcedores por partida.

As medidas rígidas vêm provocando indignação e protestos em todo o mundo – como em Londres, onde, no último sábado (26), ao menos 16 pessoas foram detidas e quatro policiais ficaram feridos em uma manifestação que reuniu milhares de opositores às restrições.

Evolução da pandemia

O mundo atingiu 100 mil mortes pela Covid-19 em 10 de abril, pouco mais de três meses depois do primeiro caso confirmado do novo coronavírus. Em apenas 15 dias, o número de vítimas da doença dobrou e chegou a 200 mil.

Veja as datas em que o mundo alcançou cada uma das 100 mil mortes até chegar ao 1 milhão de óbitos, segundo a Johns Hopkins:

  • 10 de abril: 100 mil mortes
  • 25 de abril: 200 mil mortes
  • 14 de maio: 300 mil mortes
  • 7 de junho: 400 mil mortes
  • 28 de junho: 500 mil mortes
  • 19 de julho: 600 mil mortes
  • 5 de agosto: 700 mil mortes
  • 22 de agosto: 800 mil mortes
  • 9 de setembro: 900 mil mortes
  • 28 de setembro: mais de 1 milhão de mortes