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Novo decreto mantém suspensas aulas presenciais na rede pública da Paraíba

As aulas presenciais nas escolas públicas da Paraíba continuam suspensas. O decreto, assinado pelo governador João Azevêdo (Cidadania), está publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (26).

De acordo com o decreto, no período entre 20 de maio de 2021 a 02 de junho de 2021, as escolas e instituições privadas dos ensinos superior e médio funcionarão exclusivamente através do sistema remoto.

As aulas práticas para os alunos dos cursos superiores podem ser realizadas presencialmente, observando todas as normas de distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos, medidas necessárias para evitar a propagação do novo coronavírus.

No caso das escolas e instituições privadas dos ensinos infantil e fundamental, o funcionamento ocorre através do sistema híbrido.

As escolas e instituições privadas dos ensinos infantil e fundamental podem funcionar em sistema híbrido. Essas instituições podem realizar atividades presenciais para os alunos com transtorno do espectro autista (TEA) e pessoas com deficiência.

Pedro Bial se desculpa após equívoco em fala sobre travestis; assista

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Pedro Bial usou as redes sociais nesta terça-feira, 25/5, para se desculpar por ter se referido de forma “descuidada” às travestis, durante entrevista com o ex-jogador de futebol Ronaldo, exibida na última quinta-feira no Conversa com Bial. Durante o papo, o jornalista relembrou o episódio de quando o craque teria se envolvido com algumas travestis, em 2008, e se referiu à elas no pronome masculino. Bial foi alvo de protestos na web e usou seu perfil para se justificar.

“Olá, minha gente. Dá licença… Não é nem pela reação na internet que venho aqui hoje me penitenciar pelo mau uso, pelo uso infeliz de um artigo, da forma descuidada que eu me referi às travestis. É pela minha consciência, consciência de alguém que eu não preciso fazer um levantamento histórico, mas de alguém que tem uma história de contribuição para a causa trans. Lamento demais ter ofendido quem quer que seja, isso jamais foi minha intenção.”

“Alguns poderiam até achar desproporcional a reação, a violência das manifestações na internet, mas acho que violento não. Violenta é a vida dura, terrível das pessoas trans maltratadas. É uma tragédia que o Brasil tem que enfrentar. Então estou aqui para dizer, em primeiro lugar, que contem comigo, sempre, para o bem, para a construção, para a mudança desse estado de coisas. Um grande beijo para todos e todas!”, disse o apresentador no vídeo.

Assista:

Do Gshow

Mundo vê queda de 14% em casos de Covid-19; Brasil vai no sentido contrário

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Mas os dados também revelam que a pandemia não perde força no Brasil e as taxas apontam para um sentido contrário em comparação com a média mundial.

De acordo com a OMS, houve um aumento de 3% no número de novas contaminações no país na última semana, com um total de 451 mil novas infecções. Apenas a Índia, que vive uma crise sanitária sem precedentes, ainda enfrenta uma situação pior que a do Brasil. Um total de 1,8 milhão de novos casos foi detectado no país asiático em sete dias. Ainda assim, trata-se de uma redução de 23% em comparação à semana anterior.

No mundo, foram 4,1 milhões de novos casos registrados em sete dias. Trata-se, segundo a OMS, da terceira semana consecutiva de redução. Mas a agência insiste que há, cada vez mais, “dois mundos” sendo estabelecidos. Um deles conta com amplas campanhas de vacinação e uma queda significativa de mortes.

Em apenas uma semana, os EUA registraram uma queda de 20% em novas contaminações. Na Europa, a queda também foi significativa em diversos locais. Na Alemanha, a redução em novas infecções foi de 24% em sete dias.

De outro lado, porém, países que patinam na vacinação e em medidas sociais continuam mergulhados em crises que não dão sinais de perder força.

Três dos locais com maior número de novos casos estão na América do Sul. Além do Brasil, que ocupa o segundo lugar mundial na semana, a Argentina aparece com 210 mil novos casos, superando os EUA. A Colômbia ainda vem na quinta posição, com 107 mil novos casos.

Com distanciamento e vacinas, mortes caem em 21% na Europa

Outra constatação da OMS é de que as mortes têm sido reduzidas de forma importante em diversos países. Na Europa, a queda em apenas uma semana foi de 21%, contra uma queda mundial de 2%.

No total, os mais de 40 países do continente europeu registraram um número inferior de mortes que o Brasil na semana, que não viu uma queda dos números. Foram 13 mil óbitos no Velho Continente, contra 13,6 mil no Brasil. Nos EUA, a taxa é de 4 mil mortes na semana.

A liderança, em termos de mortes, continua sendo da Índia, com 28 mil óbitos. Nas Américas, a situação da Argentina também preocupa. Em uma semana, a alta foi de 19%, com 3,5 mil vítimas.

Do UOL

Paraíba alcança redução de 13% nos assassinatos registrados no mês de abril

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A ação das Forças de Segurança da Paraíba alcançou redução de 13% nos assassinatos registrados no mês de abril de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 109 casos este ano contra 125 em abril de 2020. As mortes de mulheres, vítimas de homicídios, também tiveram queda. Levando em conta todo o quadrimestre, a redução foi de 29%, com 25 ocorrências este ano e 35 de janeiro a abril do ano passado. Os dados constam em relatório de Indicadores Criminais produzido pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Sesds).

Mais de 3,3 mil operações de prevenção e reepressão qualificadas foram realizadas este ano, tendo como resultado 1.140 armas de fogo retiradas de circulação (entre espingardas, revólveres, pistolas e outros tipos de armamentos) e 1 tonelada e 245 quilos de drogas apreendidas, sendo 1.203 quilos de maconha, 14,88 quilos de crack, 26,9 quilos de cocaína. O aumento das apreensões foi de 14% e 68%, respectivamente. Um total de 6.239 pessoas foram presas, sendo 1.070 por crimes graves, como homicídios, latrocínios, roubos de veículos e pessoas com mandados de prisão em aberto.

Os crimes contra instituições financeiras caíram 33%. Foram quatro casos de janeiro a abril deste ano e, segundo dados da Sesds, desde 2016 a redução desses crimes vem se consolidando no Estado, saindo de 120 casos em 2016 para 16 no ano passado.

As ações planejadas de enfrentamento da violência também resultaram na redução de 23% dos roubos e furtos de veículos. De forma estratificada, foram -20% de roubos de motocicletas, -15% e roubos de automóveis, -37% de furtos de motocicletas e -43% de furtos de automóveis. Além disso, 1.159 carros e motos foram devolvidos aos seus proprietários neste 1º quadrimestre de 2021.

O Corpo de Bombeiros Militar foi responsável por salvar 48 vidas em tentativas de homicídios e resgatar 1.165 vítimas de acidentes de trânsito em todo o Estado, sendo 113 decorrentes de acidentes com motocicleta, 36 vítimas ocupantes de carros, 13 de atropelamento por carros e três ocupantes de bicicletas.

O secretário Jean Nunes, da Segurança e da Defesa Social, destacou que os órgãos de segurança da Paraíba continuam atuando de forma estratégica. “Tivemos que nos adaptar à realidade do trabalho na pandemia, nos dividindo entre o enfrentamento da violência e também ações de prevenção ao contágio da doença, integrados a outros órgãos. Mesmo assim, continuamos alcançando resultados e nos destacando nos cenários regional e nacional”, frisou.

Prefeito de CG anuncia abertura de 24 novos leitos para pacientes Covid-19

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) anunciou, no início da noite da terça-feira (25), que o município passa a contar com 24 novos leitos Covid-19. A ampliação acontece após aumento de casos da doença na cidade.

+ Leitos ‘virtuais’ e maquiagem de dados: a gestão das UTIs Covid em Campina Grande

Durante o anúncio, Bruno lembrou que o Hospital Pedro I permanece sendo a maior referência no tratamento da covid e na salvação de vidas, no Estado da Paraíba, especialmente no atendimento à população da vasta região polarizada por Campina Grande, integrada por municípios do Brejo, Cariri e de outras áreas paraibanas.

Semanas desafiadoras

De acordo com o prefeito campinense, as próximas semanas serão as mais desafiadoras dos 14 meses da pandemia do novo coronavírus, no Estado da Paraíba. Neste momento delicado, ele espera o máximo apoio de todos os segmentos sociais de Campina Grande, objetivando com isso, evitar o aumento do contágio na região.

De acordo com o gestor, a prefeitura continua trabalhando na prevenção, por meio de medidas mais restritivas, além do exercício de rigorosa fiscalização. Contudo, espera que cada campinense contribua no sentido de ajudar o Poder Público a enfrentar este momento delicado da atual crise sanitária.

Prefeito de Sapé anuncia apoio a Efraim Filho na disputa ao Senado em 2022

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O prefeito de Sapé, Sidney Paiva (Podemos) em visita ao congresso em Brasília, garantiu, nessa terça-feira (25), que a candidatura do deputado federal Efraim Filho (DEM) ao Senado terá total apoio do seu grupo político nas eleições do próximo ano.

Responsável por aproximadamente R$ 3,5 milhões (asfalto e máquinas) em emendas para obras de cobertura asfáltica da cidade de Sapé, Efraim Filho, é um jovem com ideias inovadoras e democráticas. É notório o trabalho ao qual, Efraim Filho, vem desenvolvendo por todo o Estado. E o município de Sapé com suas raízes e cultura: Terra do Abacaxi, berço do poeta contemporâneo e mundialmente conhecido Augusto dos Anjos e palco das Ligas Camponesas, foi contemplada com essa emenda parlamentar.

Covid-19: Paraíba recebe 101 mil doses da Astrazeneca e amplia imunização

Uma nova remessa com 101 mil doses da vacina Astrazeneca contra a Covid-19 chegou na Paraíba na madrugada desta quarta-feira (26).

O avião aterrissou no Aeroporto Internacional Castro Pinto às 2h40, conforme informações do secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros. As doses serão usadas para ampliação da aplicação da primeira dose.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (SES), as doses serão para primeira aplicação da primeira dose em pessoas com comorbidades, gestantes com comorbidades, pessoas com deficiência permanente que recebem BPC, trabalhadores das forças de segurança, portos e aeroportos, seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Ainda hoje, às 15h25, devem chegar 10.530 doses da Pfizer que serão aplicadas em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e deficiência permanente.

Leitos ‘virtuais’ e maquiagem de dados: a gestão das UTIs Covid em Campina Grande

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A matemática da gestão dos leitos Covid-19 em Campina Grande impressiona pelo seu desequilíbrio de distribuição da demanda nos hospitais públicos e por pré-requisitos inflexíveis para internação em UTIs. Enquanto isso, os dados divulgados pelos boletins epidemiológicos diários pela Prefeitura passam a sensação de que o cenário é de estabilidade por conta da divulgação de leitos disponíveis e por um cálculo que usa leitos “virtuais”. Mesmo com toda essa disponibilidade, cinco pacientes foram transferidos para João Pessoa. Mas, afinal, aonde estão os leitos livres de Campina?

Primeiramente, vamos ao cenário atual. A Rainha da Borborema é a segunda cidade com mais casos confirmados de Covid-19, sendo 28.480 até esta terça-feira (25), e também o segundo município com mais mortes por coronavírus no estado, com 865 registros. Conforme a 25ª avaliação do Plano Novo Normal, do Governo do Estado, vigente desde 17 de maio, o município está classificado como bandeira laranja – que recomenda mobilidade restrita. Antes a cidade registrava bandeira amarela, um nível menor na classificação.

+ Leia também: PMCG divulga que tem leitos disponíveis, mas nega internação por falta de vagas

De 15 de abril a 24 de maio, foram 1.180 ocupações gerais em UTIs Covid. Em um levantamento feito pelo Paraíba Já, baseado nos dados do censo hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, a média é de 30 pessoas internadas em leitos de UTI adulto no Hospital Pedro I nos últimos 39 dias. Porém, há 60 leitos desta natureza instalados naquela unidade.

Desde o início da pandemia, o Hospital Pedro I funciona exclusivamente para atendimento de paciente com Covid-19. São 60 leitos de UTI Adulto, sendo 10 do tipo I e 50 do tipo II. Além disso, são 90 leitos de enfermaria. No entanto, a capacidade máxima é frequentemente atingida nos de enfermaria, o que não acontece na UTI.

No recorte temporal em que a reportagem teve acesso, a menor quantidade de leitos de UTI Covid no Pedro I foi no dia 26 de abril deste ano, com 16 ocupados e a maior ocorreu nos dias 5 e 7 de maio, com 40 ocupados. No dia em que houve a transferência de um paciente de Monteiro apto para internação em UTI pelo agravamento da doença e que deveria ter sido internado em alguma unidade hospitalar campinense, o Pedro I registrava 29 leitos ocupados. Mesmo assim, foi recusado. A reportagem procurou a Prefeitura de Campina Grande para questionar se todos os 60 leitos de UTI Adulto estariam aptos para atender a alta demanda da cidade e região, mas não obtivemos resposta.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (Cnes), sistema de informação do Ministério da Saúde, destes 60 leitos de UTI adulto no Pedro I, metade é habilitados pelo SUS. Isto é, recebem recursos federais para o funcionamento. Os demais 30 leitos são de responsabilidade do ente federativo, no caso, o município de Campina Grande. Pedimos confirmação do custeio de leitos de UTI com recursos municipais, mas até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de Campina Grande não se pronunciou.

Dos 30 leitos de UTI adulto habilitados pelo SUS, 20 são os novos instalados durante o primeiro ano da pandemia, inclusive, última atualização da habilitação ocorrida em março deste ano; e outros 10 são os que já existiam e estão habilitados pelo SUS desde 2008.

Gastos com a pandemia em 2021

Em quatro meses neste ano, a Prefeitura de Campina Grande gastou aproximadamente R$ 1.357.389,00 no combate à pandemia, de acordo com os dados de pagamentos na Transparência Municipal, disponibilizados no site da edilidade. O que representa uma média de apenas R$ 339,3 mil por mês, na segunda maior cidade do estado e a segunda mais atingida pela pandemia.

É necessário uma breve explicação para melhor compreensão das informações a seguir. De acordo com o Tesouro Nacional, “empenho é o ato emanado de autoridade competente, que cria para o estado a obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição; a garantia de que existe o crédito necessário para a liquidação de um compromisso assumido; é o primeiro estágio da despesa pública”. A Controladoria-Geral da União (CGU) esclarece que “liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem como objetivos: apurar a origem e o objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação”. Já o pagamento, para o Tesouro Nacional, “é o último estágio da despesa pública. Caracteriza-se pela emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor”.

Nas despesas, chama atenção que a Prefeitura não realizou gastos com a pandemia em janeiro. Por sua vez, dos quatro meses investigados, fevereiro foi o que mais apresentou cifras, com R$ 1.127.341,72.

Gastos nos quatro primeiros meses de 2021, conforme Portal da Transparência da PMCG. Visualizado em 25 de maio de 2021 (Infográfico: Mabel Abreu/Paraíba Já)

Com relação aos gastos, a reportagem do Paraíba Já também questionou a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande sobre os investimentos na manutenção de leitos de UTI Covid no Hospital Pedro I. Mais uma vez não obtivemos resposta até a publicação desta reportagem.

Por outro lado, a gestão de Bruno Cunha Lima já recebeu mais de R$ 11 milhões do Governo Federal, somente em 2021, destinados especificamente para área da saúde. Os dados são do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU). Em janeiro, a prefeitura campinense recebeu R$ 460 mil. Depois voltou a receber em março, quando embolsou R$ 4,7 milhões. No mês seguinte recebeu R$ 2,2 milhões. Já em maio, embolsou mais de R$ 4,3 milhões. Confira a distribuição percentual dos repasses abaixo.

Pouca ocupação, muita sobrecarga para a rede

Mas vamos “começar do começo”. Campina Grande é referência para o atendimento da 2ª macrorregião, composta por mais de 60 cidades da região que não possuem unidades hospitalares de média e alta complexidade. O Plano Estadual de Contingência Covid-19 aponta que há 167 leitos de UTI para atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Destes, 4 são pediátricos, localizados no Hospital da Criança e do Adolescente. Os demais estão distribuídos no Pedro I (60), João XXIII (9), Isea (6), Trauma (5), Hospital das Clínicas (60) e o HU Alcides Carneiro (10).]

+ Leia também: Campina Grande tem taxa de letalidade por Covid-19 maior que João Pessoa

Curiosamente, o boletim epidemiológico gerado pela Prefeitura de Campina Grande contabilizava os leitos privados dos hospitais Santa Clara e Antônio Targino. Existem UTIs neles, só não são acessíveis para a população dependente do SUS.

Com igual capacidade de tratamento intensivo do Pedro I, o Hospital das Clínicas, gerido pela Secretaria de Estado Saúde, vive uma outra realidade da pandemia. De 15 de abril a 24 de maio, a média de UTIs ocupadas foi de 57, sendo, ao todo, 2.238 ocupações gerais em leitos de UTI. No dia em que o Pedro I registrou a menor ocupação de UTIs (16), o das Clínicas registrava 50 leitos em uso. Três vezes mais que o hospital municipal.

Neste maio, o Clínicas passou quatro dias consecutivos com 100% de ocupação. Foi no dia 24 de abril em que registrou menor índice: 48 UTIs em uso. Em porcentagem, equivale a 80% da lotação.

O contraste dramático entre as duas unidades pode ser visto no infográfico abaixo.

A justificativa da gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) é de que o Hospital Pedro I funciona com critérios de internação em UTI diferenciados dos que são adotados pelos protocolos estaduais. Ainda há a argumentação para reserva técnica de leitos. Mas antes de falar sobre protocolos e reservas, vamos a outro capítulo da história.

CRM-PB: um caso à parte?

Quando a pandemia se tornou uma realidade inevitável para os paraibanos, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) se propôs a monitorar a ocupação de leitos no estado. Semanalmente, levantamentos e relatos de visitas técnicas e até mesmo fiscalizações são divulgados pela entidade.

Mas também há relatos de negação de atendimentos no Pedro I. Como aconteceu com os cinco pacientes da macrorregião de Campina Grande que não conseguiram ser internos e acabaram por ser transferidos para a capital.

Observando bem, o monitoramento feito pelo CRM-PB sobre a ocupação de leitos é feito assim como a reportagem fez: baseia-se em dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde. Carece de uma maior fiscalização in loco, até para verificação das condições de trabalho dos médicos diante da exaustiva rotina laboral ocasionada pelo crescimento dos casos.

Porém, quanto à informação de reserva de leitos de UTI no Pedro I, a entidade se posicionou contra. Até porque, parte da rede pública de saúde de Campina Grande registrou na última segunda-feira (24), por exemplo, 100% de ocupação de UTIs, como o Clínicas, Trauma e HU Alcides Carneiro.

Polêmica da reserva técnica: ter ou não ter?

Precisamos ter os seguintes dados memorizados: o Hospital Municipal Pedro I possui 60 leitos existentes de UTI e 90 de enfermarias, conforme registros no Cnes.

Mas o que é reserva técnica? São leitos de retaguarda, que ficam à disposição da unidade hospitalar para outros tipos de atendimentos – nesse caso, que não constam como regulação  do Estado para casos de Covid-19.

A direção da unidade hospitalar pediu os leitos sob o argumento de que também atendiam demandas do tipo “porta-aberta”, pacientes – inclusive infectados com coronavírus – que procuram espontaneamente o hospital para serem atendidos.

A reserva técnica do Pedro I então é composta por 10 leitos de UTI e 20 de enfermarias. Portanto, ficando com 50 leitos de UTI e 70 de enfermaria para uso contínuo. Os leitos de enfermaria, por possuírem uma rotatividade diária, são usados à exaustão, sem se preocupar com a reserva, como já relatou o diretor-geral do hospital, Tito Lívio, em diversas ocasiões, a última delas em entrevista a um programa de rádio local, na noite da segunda-feira (24).

O paciente da “porta-aberta” agora precisa ser regulado e informado ao Estado. Ficou pactuado entre a Secretaria de Estado da Sáude e Secretaria Municipal de Saúde, durante encontro promovido pelo Ministério Público da Paraíba, que a secretaria de Filipe Reul passará a informar à regulação os dados do paciente que ocupar um leito a partir de demanda espontânea. Portanto, é dever da SMS relatar, oficialmente, se um paciente foi atendido em pronto-atendimento e precisou usar o leito, teoricamente, da reserva técnica. A medida é necessária para que haja controle da utilização dos leitos.

A reportagem do Paraíba Já contatou a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande solicitando informações sobre quando essa reserva seria usada. Até a publicação desta reportagem a prefeitura não se manifestou.

Mudança de comportamento

Após a polêmica que se tornou o tema, com a recusa da internação em UTI de um paciente do município de Monteiro na sexta-feira (21), o direcionamento parece ter mudado no Hospital Pedro I. Ao menos teoricamente. Durante a reunião com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), na segunda-feira (24), pela primeira vez, Tito Lívio, diretor da unidade hospitalar, admitiu que receberiam na UTI pacientes sem ser somente com a necessidade de intubação.

Publicamente também houve a mudança de direção com relação às internações em UTIs no Pedro I. “Leitos de UTI aceitamos todos, porque não chegamos nem perto da reserva técnica, por assim dizer. E não deixamos ninguém esperando. Esses pacientes [de Monteiro] não é porque o Pedro I ficou com vagas escondidas da população, e sim porque já estávamos com 105% de ocupação. Não ficou vaga escondida do paraibano, estamos  aceitando”, disse Tito Lívio. Vale lembrar que a lotação citada pelo diretor diz respeito à ocupação de enfermarias, não de UTIs. Além disso, mesmo sem estar perto da reserva técnica, o hospital negou a internação do paciente vindo do município de Monteiro.

De acordo com normativas da Secretaria de Estado da Saúde, é evitado o transbordo de paciente – quando ele é levado de uma macrorregião para outra. É público o entendimento de que a regulação tem relação de confiança com os entes [Municípios ou Estados], não há  força de polícia. Quando não há vagas numa unidade hospitalar, a única alternativa é levar o paciente para ainda mais longe de casa e encaminhá-lo para outra macrorregião.

O drible matemático e a maquiagem dos dados

Os números das ocupações de leitos de UTI adulto para Covid-19 estão totalmente atrelados à bandeira que o município vai receber no Plano Novo Normal, do Governo do Estado, que recomenda ações de enfrentamento à pandemia, como fechamento parcial ou total de estabelecimentos como bares, restaurantes e shoppings, além da abertura ou horário do comércio, funcionamento de órgãos, entre outro pontos.

Como já vimos, o Plano de Contingência da Covid-19 do Estado da Paraíba oferta 167 leitos de UTIs implantados na 2ª Macrorregião (Campina Grande). São 163 leitos, sem os infantis, que não entram nas métricas de ocupações, já que é um público minimamente atingido pela Covid-19.

No Hospital Pedro I são 60 leitos de UTI e 90 de enfermaria, sem a reserva técnica se tornam 50 leitos de UTI e 70 de enfermaria. No último boletim divulgado pela Prefeitura de Campina Grande, nesta segunda-feira (24), são divulgados 127 leitos ocupados no hospital. A Prefeitura de Campina Grande não divulga as porcentagens específicas de ocupações dos leitos de UTI e enfermarias no Pedro I, apenas número geral.

Boletim divulgado no dia 24 de maio (Foto: Reprodução/PMCG)

Com base nesse número geral, aliado ao entendimento público que eles usam os leitos de enfermaria à exaustão (90), mas resguardam a reserva técnica de UTIs que são 10 leitos (ficam 50 UTIs), temos então um número de 140 leitos totais (UTIs e enfermarias juntos) no Pedro I.

São 127 leitos ocupados de 140 disponíveis. O Hospital Pedro I então apresentou uma ocupação de 90,7% do total de leitos nesta segunda-feira (24). O que mostra que a unidade hospitalar campinense está à beira do colapso.

Em maio deste ano, por exemplo, o Pedro I nunca chegou a ter 50 leitos ocupados, que seria sua lotação total disponível e com margem da reserva técnica (10 leitos) ainda resguardada. O máximo de leitos ocupados foi 40, que aconteceu somente em dois dias (5 e 7 de maio). No quinto mês do ano, a média de ocupação foi de 31 leitos de UTI – dos quais, vale lembrar, 30 são mantidos com recursos do SUS. Teoricamente, a prefeitura então arcou com apenas um leito de UTI, não se sabe por quantos dias.

O cálculo divulgado pela prefeitura campinense e pelo prefeito Bruno Cunha Lima jamais utilizou a totalidade dos leitos disponíveis para internar os pacientes (50 leitos de UTI), mas sempre usa o número total disponível de 60 leitos (utilizando até a reserva técnica) para o cálculo da sua ocupação, o que deixa a média de ocupação baixa. A possível manobra é para passar uma sensação de controle da pandemia na cidade, elemento que, inclusive, foi alvo de reclamação do MPPB na reunião da segunda-feira.

E quem se interna numa UTI em Campina?

O dilema é grande. Não há consenso entre Município e Estado. A SES preconiza, baseado em evidências científicas, através do documento ‘Protocolo Clínico – Centro Estadual de Disseminação de Evidências em Saúde da Covid-19 da SES-PB‘, publicado em abril de 2020, com dados, recomendações, checklists, informações e sistema de ‘score’ (placar) para definir internações e procedimentos adotados no atendimento a pacientes com coronavírus na Paraíba.

“Existe realmente essa diferença entre os protocolos [do Município e do Estado]. No Pedro I enviamos para a UTI com alguns critérios que o Estado nem sempre acompanha. Conversei com ele [Daniel Beltrammi], e nos prontificamos a conversar com o chefe da regulação, para unificarmos isso sim e afinar ainda mais essa regulação”, afirmou Tito Lívio, em entrevista na segunda-feira (24).

O que diz o Protocolo Clínico para Covid-19 da Secretaria de Saúde da Paraíba? A SES se baseia em estudos internacionais, que utilizam o “National Early Warning Score“, em tradução livre “Escore [placar] para alerta precoce”, onde são avaliados cinco parâmetros fisiológicos, com cada um recebendo uma nota de 0 a 3 pontos. O escore será definido a partir da soma das pontuações atingidas na avaliação do sensório, temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, saturação periférica  e oxigênio e suplementação de oxigênio.

Hospital Pedro I é referência em tratamento para Covid-19 na 2ª macrorregião (Foto: Divulgação/PMCG)

A partir disso, a SES desenvolveu um modelo mais curto e simplificado para direcionar a decisão clínica e o tipo de manejo a ser indicado nos pacientes. O documento então aponta uma série de sintomas a serem identificados. Conforme o protocolo, o paciente é suspeito para Covid-19 quando houver a presença de dois ou mais sintomas, dos quais: febre (temperatura igual ou maior que 37,8 graus), tosse seca, dispneia (falta de ar), mialgia (dor muscular), coriza nasal e fadiga nos últimos sete dias. O próximo passo é fazer a classificação do paciente dentro do contexto de síndrome gripal, onde os profissionais de saúde avaliam componentes como apresentação severa de disfunções orgânicas na vigência da infecção por Covid-19, além de idade e comorbidades.

Após essa classificação do escore, a equipe de saúde será responsável pela graduação em risco de acordo com as avaliações anteriores. Risco alto: quando for igual ou maior que três pontos, sendo classificado como vermelho; neste caso, o paciente deverá ser encaminhado ao Centro de referência do Covid-19. Risco intermediário: quando a pontuação for dois, será de nível amarelo, a situação na qual o indivíduo deverá ser analisado pela unidade básica de Saúde, objetivando conciliação medicamentosa, e evitando descompensação clínica que possa, eventualmente, causar mais agravos ao paciente em exposição ambiental ao Covid-19; já os indivíduos com risco intermediário mas com frequência respiratória igual ou maior que 25 IRPM (incursões respiratórias por minuto) ou saturação periférica de oxigênio (oximetria) menor ou igual a 93%, deverão ser classificados como nível laranja, sendo necessário a sua avaliação clínica em Hospital de Pronto-Atendimento ou Unidade de Pronto-atendimento (UPA). Risco simples: o escore zero ou um é o paciente com nível verde, sem quaisquer necessidades de procura de atendimento médico/USF, apenas manter isolamento social; deve receber orientação para procurar hospital, sem sinais de alarme.

Pelos casos acompanhados, com acesso ao censo diário de pacientes, boletins de internação, investigação de casos e coleta de informações com fontes, os pacientes que se internavam na UTI do Hospital Pedro I eram majoritariamente apenas os que necessitavam de intubação invasiva.

O Paraíba Já fez o pedido de esclarecimentos sobre os critérios para internação de pacientes no município, já que diferem das prerrogativas dos protocolos da Secretaria Estadual de Saúde (News Fast COVID-19). A Prefeitura de Campina Grande não quis comentar até a publicação desta reportagem.

Operação Abafa?

Pouco mais de um mês após visitar a cidade, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga retorna à Campina Grande para um novo encontro que acontece nesta sexta-feira (28).

Ministro esteve em Campina Grande 19 dias antes de depor na CPI da Covid, no Senado (Foto: Divulgação/PMCG)

+ Leia também: Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga cumpre agenda na Paraíba nesta sexta

Pela agenda divulgada, a missão do ministro de Jair Bolsonaro é justamente visitar os hospitais campinenses superlotados que atuam no combate à pandemia.

Na pauta também devem estar a vacinação contra a Covid-19, recursos para investimentos na área da saúde e outros temas relacionados ao enfrentamento à pandemia no estado.

Mãe de criança que morreu ao cair de prédio em João Pessoa é ouvida

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A mãe da criança de nove anos que caiu do 22º andar de um prédio em João Pessoa, na madrugada deste sábado (22), já foi ouvida e o celular da menor foi apreendido e está sendo periciado, conforme a delegada da Polícia Civil, Flávia Assad, disse em uma coletiva de impressa nesta segunda-feira (24). Conforme ela, a rede de proteção do quarto da garota, que foi cortada, também está sendo analisada pela perícia. A investigação vai seguir com a Delegacia de Homícidios, em parceria com a delegada Daniela Vicuuna.

As oitivas da família presente no momento da queda, incluindo o pai e o irmão de 18 anos, ainda não foram concluídas. A coleta de informações também ainda não foi concluída e as respostas técnicas da perícia ainda não saíram. Segundo a delegada, é recente dizer qualquer coisa.

O fato aconteceu por volta das 00h30, no Bairro dos Estados. Segundo informações do perito Ademar Roberto, à TV Cabo Branco, os pais relataram que a menina conversava em um aplicativo de mensagens quando a mãe teria retirado o celular dela. A criança foi para o quarto e, após alguns minutos de silêncio, o pai foi verificar, encontrando o ambiente vazio e a tela de proteção cortada.

Após constatar a queda, o pai retirou o corpo da menina da calçada, levou para o apartamento e ligou para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Flávia Assad disse na entrevista coletiva que a retirada do corpo do local impede um cálculo físico e exato de onde ele estava, mas não que a investigação prossiga com outros elementos. Outros exames serão realizados para que se tenha um resultado conclusivo.

A tela e a tesoura sem ponta, que teria sido utilizada para cortar a tela, foram recolhidos. Uma perícia foi realizada no local ainda na madrugada e outra no final da manhã do sábado.

A delegada disse ainda que existe um lapso temporal entre o tempo que os pais deixaram a criança no quarto e quando eles perceberam a ausência da filha, um período de 40 minutos.

Flávia Assad afirma que preserva qualquer dado da vida da criança, como questões escolares e familiares, mas que informações acerca disso também estão sendo coletadas.

Conforme informações da TV Cabo Branco, a perícia disse que o quarto da criança estava desarrumado, mas acredita que foram os pais procurando a filha que desarrumaram o local. Ainda de acordo com a polícia, o pai teria levado a filha nos braços, pelo elevador da área de serviço.

A criança foi enterrada no sábado à tarde, em um cemitério de João Pessoa. A menina é filha de uma funcionária pública federal e um policial militar do Rio Grande do Norte. Ela iria fazer dez anos em agosto.

Do G1.

PMJP aplica 2ª dose das vacinas Butantan e Astrazeneca nesta quarta-feira

As pessoas que completaram, respectivamente, 28 e 90 dias da aplicação da primeira dose dos imunizantes Coronavac (Butantan) e Astrazeneca (Fiocruz), poderão receber a segunda dose nesta quarta-feira (26), exclusivamente mediante agendamento prévio através do aplicativo Vacina João Pessoa ou do site vacina.joaopessoa.pb.gov.br. A Prefeitura de João Pessoa realiza a imunização no Lyceu Paraibano e no drive thru do Mangabeira Shopping, das 8h às 12h.

Os documentos necessários são, além da identidade pessoal com foto, o cartão de vacinação indicando 28 dias da primeira dose da Coronavac (Butantan) e 90 dias da Astrazeneca (Fiocruz). É fundamental que as pessoas identifiquem bem o tipo do imunizante que tomou para não se dirigir ao posto de vacinação de laboratório distinto ao seu.

Transporte – As pessoas que necessitarem de deslocamento de um bairro a outro para tomar a vacina, podem utilizar os serviços gratuitos dos aplicativos 99 e Uber, em parceria com a Prefeitura de João Pessoa e Governo do Estado, respectivamente.

Para garantir o acesso ao serviço da 99, o cidadão que usar a plataforma deverá acessar o aplicativo, na categoria 99 Pop, e inserir o código promocional ‘Promocodes’, destinado exclusivamente ao transporte até os pontos de vacinação em João Pessoa. O código que deverá ser inserido no aplicativo Uber é o VACINAPB e cada usuário só pode inseri-lo uma vez, garantindo a gratuidade para as duas viagens que devem chegar até R$ 25, cada.

Solidariedade

Os postos de vacinação também estão abertos, nesses dias de luta contra a Covid-19, para receber as doações de alimentos não perecíveis. Após a arrecadação, eles serão distribuídos com instituições de caridade e famílias necessitadas, atingidas pelos efeitos dessa pandemia. A arrecadação e a distribuição integram uma iniciativa conjunta da Prefeitura de João Pessoa e do Governo do Estado.

Locais de vacinação desta quarta-feira (26):

Segunda dose (8h às 12h)
Coronavac/Butantan – para quem completou 28 dias da 1ª dose
– Lyceu Paraibano (Centro)
Astrazeneca/Fiocruz – para quem completou 90 dias da 1ª dose
– Mangabeira Shopping – drive thru

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