Padrasto suspeito de abuso sexual e incitação ao suicídio vai usar tornozeleira eletrônica

O padrasto de uma menina de 11 anos, suspeito de abuso sexual contra a enteada e de incitação ao suicídio contra a esposa, foi posto em liberdade na última quarta-feira (27), após passar por audiência de custódia. O homem, que é coronel reformado do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e tem 54 anos, foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica para que a Polícia Civil da Paraíba monitore a sua localização em tempo real e está proibido de se aproximar de qualquer familiar da enteada.

Na segunda-feira (24), a esposa do coronel reformado, mãe da menina, morreu ao cair do sétimo andar do apartamento em que moravam. A morte aconteceu no mesmo dia em que ela iria prestar depoimento à polícia no caso de abuso sexual. No mesmo dia, o homem foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa com cortes no braço e permaneceu sob custódia da polícia. Após receber alta, deixou o hospital já usando a tornozeleira eletrônica.

A suspeita da polícia é que ele teria incitado a esposa a se jogar e depois tentado tirar a própria vida. A menina de 11 anos, por sua vez, foi entregue ao pai, que mora em Santa Catarina, por decisão do juiz Adhailton Lacet, da 1ª Vara da Infância de Juventude da Comarca de João Pessoa.

As denúncias sobre o abuso sexual partiram da madrasta da menina, esposa do pai dela. A mulher disse que a menina teria dito à madrasta que era vítima de abusos do padrasto e que a mãe sabia do que vinha acontecendo. A denúncia inicial foi feita em 11 de abril. Inicialmente, a criança foi levada a uma casa de acolhimento e agora foi entregue ao pai, tendo já viajado para Santa Catarina.