Durante a inspeção ao Trauminha, na última quarta-feira (18), os vereadores Eduardo Fuba (PT), Bruno Farias (PPS) e Renato Martins (PSB) se depararam com várias situações de precariedade no atendimento, além de deficiências estruturais, pacientes internados em macas nos corredores, sem receber alimentação, e situação mais frequente registrada: atraso nos procedimentos cirúrgicos, fazendo os pacientes ficar dias internados sem nenhuma previsão de quando vai ser realizada a cirurgia.
O paciente Renato Paulo da Silva rompeu o tendão do dedo e espera há mais de cinco dias por um procedimento cirúrgico. Sem poder sair do Trauminha, ele reclamou da falta de definição do hospital para o prazo das cirurgias. “Tem gente aqui esperando há quase um mês só pra fazer uma cirurgia de osso e sem previsão nenhuma”, relatou.
É o caso do paciente José Denilson Gomes de Oliveira, 32 anos, com as duas pernas quebradas e há um mês e sete dias aguarda ser operado no Trauminha. “Estou aqui há 37 dias, sem poder andar e sem saber quando vai ser minha cirurgia. Teve gente que chegou muito antes de mim e já foi operado e recebeu alta”, denunciou.
Já a paciente do Trauminha Maria José da Conceição, de 74 anos, foi encontrada extremamente abatida numa maca, recebendo soro desde às 07 horas da manhã sem alimentação. Quando foi indagada pela reportagem do Paraíba Já, eram 16 horas e ela e suas acompanhantes, a filha e a nora, alegaram que hospital não havia, até o referido momento, disponibilizado qualquer tipo de comida.
Marcos Cruz da Silva fraturou o braço e está há doze dias aguardando cirurgia “com o osso fora do lugar, com risco de sofrer complicações”, nas palavras dele próprio. Petrúcio Lucena de Carvalho rompeu o tendão do dedo da mão e e aguarda o procedimento cirúrgico há mais de 15 dias.