Paciente do Trauminha denuncia que tem que comprar remédios para tratamento

Não basta apenas esperar meses por uma cirurgia, o paciente tem que também custear parte da medicação durante a internação. Ao menos é isso que o paciente José Arlindo Ribeiro dos Santos relatou, em entrevista ao Paraíba Já, de como é a realidade dentro do Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha). Arlindo também fez a mesma denúncia durante a visita da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, ocorrida na última segunda-feira (04).

De acordo com Arlindo, o médico que acompanha seu caso prescreveu receitas para que ele, ainda interno, comprasse os medicamentos, pois estavam em falta no Trauminha. Não só remédios: prescreve até ‘óleo de girassol’, material básico usado na recuperação do pós-operatório e necessário para o paciente não desenvolver úlceras de pressão, causadas por problemas de saúde, como limitação na capacidade de mudar de posição.

“Recebo receita para comprar os remédios, eles mandam o paciente comprar”, relatou o paciente com indignação.

Ele declarou que não tem condições de comprar, pois se tivesse não estaria no Trauminha e desabafou que sua mãe fez uma cirurgia recentemente, mas ele não pode estar ao lado dela, cuidando, porque espera a cirurgia no hospital, citando o descaso com a higiene.

“Se eu tivesse condição, eu tava num hospital particular. Minha mãe cirurgiada, dependendo de mim e eu tô aqui, jogado no meio das baratas”, lamentou.

As receitas apresentadas por ele estão assinadas pela médica Elayne S. Alves.

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