O general ainda afirma que “ficou meditando” sobre o assunto e pede que Cid repasse a Bolsonaro alguns pontos levantados por ele.
“E aí, depois, meditando aqui em casa, eu queria que, porra, de repente você passasse para ele dois aspectos que eu levantei em relação a isso. A partir da semana que vem, eu cheguei a citar isso para ele.”
Dentre os aspectos pontuados por Fernandes, está a possibilidade de movimentos populares começarem a se intensificar ou “esmaecerem”.
“Das duas, uma. Ou os movimentos de manifestação na rua ou eles vão esmaecer ou vão recrudescer. Recrudescer com radicalismos. E a gente perde o controle. Pode acontecer de tudo. Mas podem esmaecer também”, pontuou.
De acordo com a PF, os áudios de Fernandes demonstrariam a proximidade do general da reserva com o então presidente da República e das tratativas acerca de tentativa golpista.
“[…] evidenciando sua proximidade com o então presidente da República e as tratavas para consumar o golpe de Estado, Mario Fernandes encaminha outra mensagem de áudio para Mauro Cid descrevendo seu encontro com Jair Bolsonaro e a sugestão para uma ação no período mais breve possível”, diz a corporação em relatório.
Fernandes era chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele chegou a ser preso preventivamente em novembro de 2024 durante a Operação Contragolpe.
Segundo as investigações, ele estaria envolvido no suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Fernandes, assim como Cid e Bolsonaro, foi indiciado pela PF e denunciado pela Procuradoria-Geral da República na última semana por organização criminosa e golpe de Estado. Do Metrópoles.