Veneziano, Ricardo Coutinho e Cartaxo: um palanque paroxístico

Veneziano Vital do Rêgo, Ricardo Coutinho e Luciano Cartaxo estão no mesmo palanque. O trio paroxístico parece apostar no esquecimento dos paraibanos. MDB e parte do PT deram as mãos e caminham a passos largos de investir na memória fraca da sociedade tabajara. Será que cola?

O termo paroxístico se refere a um tipo de convulsão ou espasmo agudo, tratando-se do momento mais intenso de uma dor ou de um ataque. Termo vem da clássica declaração do senador paraibano Veneziano durante a votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Sim, isso mesmo, o campinense deu uma rasteira na petista e contribuiu para sua retirada à fórceps do Palácio do Planalto. Outrora “golpista”, agora ele é esperança – e quem diz isso são algumas centenas, talvez milhares, de mesmas bocas contraditórias, como a do presidente estadual do PT.

Vené construiu um palanque onde as dores e convulsões causadas pelas lembranças da Operação Calvário e Operação Irerês, conhecidas de Ricardo e Cartaxo, tornam o vocábulo usado no impeachment extremamente adequado para um grupo que era monitorado com tornozeleira eletrônica até outro dia.

E o PT? O PT não liga para quem votou ou não pelo impeachment, só quer eleger Lula.

Por fim, a palavra escolhida por Veneziano nunca fez tanto sentido: trata-se de um palanque paroxístico.

Por Adriano Marques