O Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB) realizou, através da Operação Veículo Protegido, a abordagem a 721 veículos em todo o Estado, nessa quinta-feira (5). A ação, que teve caráter educativo, alcançou um número de mais mil pessoas, entre condutores e ocupantes, que receberam orientações sobre a correta utilização do extintor ABC e de como agir em caso de incêndio veicular.
A iniciativa, que aconteceu simultaneamente nos principais municípios da Paraíba, teve uma ótima aceitação do público. O comerciante Tibiriça Sousa, que há cerca de 60 anos conduz veículos, elogiou a ação e revelou que não sabia como utilizar extintores de incêndio. “Em todo esse tempo de direção, nunca precisei, então achava que era só pegar e apertar. As orientações foram muito úteis para mim”, contou ele.
O design gráfico Jonas Anselmo, também abordado durante a operação, ficou surpreso com a facilidade de manuseio do extintor do tipo ABC. “Depois da explicação dos bombeiros, percebi que o equipamento é simples, mas confesso que eu não sabia utilizar. Por isso, é importante esse trabalho que os bombeiros estão fazendo”, comentou ele, que foi parado na blitz montada na Avenida Hilton Souto Maior, no bairro de Altiplano, na Capital.
Além de João Pessoa, foram cobertas pela operação outras cidades polos como Cabedelo, Campina Grande, Guarabira, Patos, Pombal, Catolé do Rocha, Sousa e Cajazeiras. Em todas elas, as equipes se posicionaram em pontos estratégicos para passar instruções detalhadas para os condutores e passageiros.
“Repassamos informações essenciais, a exemplo da necessidade de manter o extintor fora do saco plástico, já que em casos de incêndio o material pode ser atingido e o condutor ficar impedido de pegar o equipamento”, orientou o chefe da Seção de Relações Públicas do Corpo de Bombeiros, major Tiago Aragão, que acompanhou a operação.
Ele lembrou, ainda, que as chamas em veículos se alastram rapidamente e é preciso que o condutor tenha acesso fácil ao extintor. “Sempre se deve romper o lacre e utilizar o extintor no sentido vertical, direcionando para o foco do incêndio. Não adianta apontar para qualquer direção das chamas, tem que ser onde ela começa”, alertou o oficial, ao acrescentar que as pessoas devem estar atentas à validade do equipamento, que é de cinco anos, e ao medidor de pressão.
Quando esse equipamento, chamado de manômetro, aponta para a cor vermelha, significa que o extintor não tem mais pressão para expelir a substância (água, pó ou co2), ou seja, não poderá combater o incêndio. “O correto é que ele esteja apontando para a cor verde”, completou o major Aragão.