O juiz Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, determinou o bloqueio de até R$ 100 milhões de sete investigados que tiveram a prisão decretada na Operação Efeito Dominó.

Entre eles está o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, que também é delator da Lava Jato e do Caso Banestado. Ele foi preso ontem (15) pela Polícia Federal em João Pessoa.

O juiz também autorizou o bloqueio e a busca e apreensão de 16 veículos e equipamentos dos investigados, além de sequestro e indisponibilidade de dois apartamentos e uma fazenda.

Os presos Carlos Rocha, o Ceará; Edmundo Gurgel; Ivo Costa Filho; Leonir Vettori; Hamilton Brandão Lima; Pedro Lima; e Geraldo Ferreira Filho tiveram os bens bloqueados.

O investigado José Maria Gomes, preso temporariamente, não teve bens bloqueados. Todos foram trazidos a Curitiba. O principal alvo da operação de ontem foi o delator da Lava, conhecido como Ceará, braço direito do doleiro Alberto Youssef.

Segundo a PF, ele retomou atividades ilegais a partir de 2016 mesmo tendo firmado acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

Ceará mencionou em delação políticos como o senador e presidenciável Fernando Collor de Mello, do PTC, senador Aécio Neves, do PSDB, e senador Renan Calheiros, do MDB. Aécio disse por meio de nota que a acusação feita pelo delator é falsa e que foi arquivada em fevereiro de 2016.

O esquema investigado na operação de ontem (15) envolve o megatraficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca. A Operação Efeito Dominó é um desdobramento da Operação Spectrum.

Atualmente preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, o traficante Cabeça Branca, teria conexões em dezenas de países, além de uma rede de doleiros e operadores para que pudesse lavar o dinheiro do tráfico.