Equipes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Delegacia de Combate à Corrupção, da Polícia Civil, desencadearam, na manhã desta quarta-feira (26), uma operação em três cidades da Paraíba. A ação, que teve ainda a participação de integrantes do Instituto de Polícia Científica (IPC) e Tribunal de Contas do Estado (TCE), mira um esquema de fraudes na locação de veículos para as prefeituras.
Os alvos da ‘Operação Rastreio’, autorizada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), são os municípios de Alhandra, Salgado de São Félix e Riachão do Poço.
Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão. Um dos alvos foi o prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues (MDB), com quem foram encontrados pelo menos cinco armas de fogo.
Conforme o Gaeco, a ‘Operação Rastreio’ apura a prática de fraudes em licitações, desvios de dinheiro público, corrupção e lavagem de dinheiro, em torno de contratos e pagamentos feitos pelas atuais gestões a empresas supostamente contratadas para serviços de locação de veículos, que não estariam sendo efetivamente prestados.
Em um dos casos, o Gaeco investiga o aluguel por parte de uma das prefeituras de um veículos ‘fantasma’. O automóvel estaria no Estado de Minas Gerais.
Conforme o Paraíba Já apurou, foram autorizados o cumprimento de 17 mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos investigados, como também nas sedes das empresas e das três prefeituras. A ação conta com a participação de três promotores de Justiça, 33 agentes do Gaeco, 60 policiais civis e membros do TCE.
Operação Rent a Car
Essa não é a primeira vez que a locação de automóveis, feita por prefeituras e câmaras municipais, entra no radar do Gaeco. Em 2020 o grupo deflagrou a ‘Operação Rent a Car’ na cidade de Camalaú, no Cariri paraibano.
À época, o prefeito da Camalaú, Alecsandro Bezerra dos Santos, mais conhecido na cidade como Sandro Môco (PSDB), chegou a ser preso e posteriormente foi afastado do cargo.
A decisão liminar de afastamento de Sandro Môco continua em vigor até hoje, mas o processo ainda se arrasta no TJPB. O tucano e outros investigados já foram denunciados pelo Ministério Público.
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