A variante ômicron já é responsável pela maioria dos casos de Covid no Brasil.
Você já percebeu que todo ano surge uma gripe diferente? É que os vírus têm a capacidade de se adaptar a novas situações para não desaparecer. São as mutações. O coronavírus usa a mesma estratégia.
Nos últimos dois anos, os cientistas identificaram e acompanharam de perto mais de 10 variantes. Um levantamento feito pela plataforma Our World in Data, com base nos dados de mais de 100 países, mostra a evolução do coronavírus, indicando que, no início da pandemia, as variantes alfa, beta e gama foram se espalhando de forma desordenada nos grandes centros. Em fevereiro de 2021, a Índia identificou os primeiros casos da variante delta. Em março, ela já estava no Reino Unido. Em cinco meses, tornou-se dominante no mundo. .
Em novembro, surgiu uma nova variante, batizada de ômicron e que tem mostrado velocidade de contaminação ainda maior. Em menos de dois meses, passou a ser dominante – por exemplo – no Reino Unido, África do Sul, França, Estados Unidos, Japão e Brasil.
Quanto mais um vírus circula em uma população, maiores são as chances de surgirem mutações. Nem sempre elas são bem sucedidas. A maioria tem pouco ou nenhum impacto no vírus. Mas no caso da Covid-19, a cada mutação, a comunidade científica entra em alerta.
O doutor em genética David Schlesinger é presidente de um laboratório que faz testes para identificar as variantes da Covid-19.