Olimpíadas: paraibana Luana Lira fica fora da semifinal nos saltos ornamentais

Natural de João Pessoa, a atleta de 25 anos, que há sete reside em Brasília, ficou com a 21ª colocação e 244.35 pontos

Luana Lira cai na água após salto nas Olimpíadas de Tóquio Imagem: Antonio Bronic/Reuters

A paraibana Luana Lira começou nesta sexta-feira (30) sua participação na disputa dos saltos ornamentais das Olimpíadas de Tóquio, entrando em ação no trampolim de três metros. Oscilando entre boas e baixas notas, ela não conseguiu a classificação para a semifinal.

A disputa na fase classificatória consiste em cinco saltos, cujos pontos são somados. Dezoito das 27 participantes desta fase avançam à semifinal da prova. A brasileira de 25 anos, que há sete reside em Brasília, ficou com a 21ª colocação e 244.35 pontos.

Luana foi a 13ª a saltar, mas não alcançou uma boa pontuação. Foi a 23ª com 49.95 pontos, pouco mais de 20 pontos atrás da chinesa Tingmao Shi, que liderou a primeira bateria com 72 pontos.

Ela não conseguiu ter regularidade nos saltos seguintes, e isso a atrapalhou na classificação. Apesar de três saltos acima dos 50, os 36 pontos que ela alcançou no terceiro salto foram determinantes para mantê-la fora das 18 que avançaram à semi.

“Eu estava muito ansiosa antes de competir e ao mesmo tempo feliz por disputar meu primeiro Jogos Olímpicos. Por um salto que errei, não consegui ir para a semifinal, foi por pouco. Sou grata à Deus, primeiramente, à minha família e toda equipe de treino, essas pessoas são essenciais na minha carreira. Agora é continuar treinando forte para chegar em Paris 2024 e classificar para a semifinal e, quem sabe, ir para uma final”, destacou a atleta.

Esta é a primeira olimpíada de Luana, e o trampolim de três metros foi a única prova prevista para ela. O melhor resultado alcançado pela paraibana na carreira foi o sexto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.

Incerteza olímpica

Antes de disputar pela primeira vez uma edição dos Jogos Olímpicos, Lira viveu dias de angústia. Semifinalista do Mundial, também disputado em Tóquio, ela tinha vaga garantida para disputar o torneio mais importante do planeta. Contudo, faltando 60 dias para o início das disputas, a Fina (Federação Internacional de Desportos Aquáticos) fez alteração nas regras, passando a considerar apenas os finalistas como classificados.

A decisão da entidade foi bastante questionada e recebeu duras críticas. Juntos na missão de reverter o quadro, Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA) entraram em ação e, em junho, viram a pressão surtir efeito.

“Por tudo que eu passei, foi complicado até eu chegar aqui. Primeiro eu consegui a classificação por mérito, depois fui tirada, e finalmente fui classificada novamente. Só de estar aqui nos Jogos Tóquio 2020 estou muito feliz e honrada”, finalizou.

Do UOL