Oficinas de capoeira e dança do ventre movimentam bairros da capital

Duas oficinas culturais estão movimentando a cena artística e promovendo inclusão nos bairros dos Funcionários e Altiplano-Cabo Branco. É lá onde funcionam as oficinas gratuitas de capoeira e dança do ventre, com alunos das mais variadas idades e faixas de renda beneficiados indistintamente.

No Centro de Referência da Juventude (CRJ) dos Funcionários, perto da Feira de Oitizeiro, está instalada a oficina “Capoeira no Pé: História na Mão”, com aulas às segundas e terças-feiras envolvendo 15 alunos a partir dos 7 anos. Victor Ranieri, de 24, é um dos mais velhos, e cita os benefícios dos jogos, misto de dança e arte marcial, para a saúde: “Antes, quando era sedentário, sentia o corpo pesado e menos disposto para as atividades diárias. Agora, perdi peso e percebo uma melhoria até no sono”, enumera o estudante de Contabilidade, praticante há cinco meses.

As aulas não prezam apenas pela parte prática, com as famosas rodas, como também promovem imersões pela história das influências africanas na arte. O grupo é comandado pelo Mestre Tunico, do Capoeira Angola Arte É Cultura, com 35 anos de experiência: “Procuro transmitir para eles as danças congada, maculelê, além da puxada de rede e do samba duro e de roda, com uma explicação sobre os seus fundamentos ao fim de cada prática”, explica.

Dança do ventre – A procura pelas aulas de dança do ventre na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Arte, no Altiplano, às terças e quintas, foi tão grande que foi preciso abrir uma segunda turma, às quartas (ainda com inscrições abertas) para dar conta da demanda. Para a arte-educadora Marina Mendes, de apenas 21 anos, esta é a oportunidade de inverter de posição – de aluna de oficina para professora.