“A prefeitura deveria pedir perdão a João Pessoa”, diz superintendente da Sudema

Ao que parece, o dilema sobre a culpa em relação ao projeto para a contenção da barreira do Cabo Branco estão solucionados. O engenheiro em recursos hídricos Pedro Antônio Molinas, da empresa Acquatool Consultoria, que realizou o projeto para a obra em questão, esclareceu, em entrevista ao Paraíba Já, na última quarta-feira (22), que o projeto está concluído, porém faltam dois estudos ambientais que devem ser feitos pela prefeitura.

Diante disso, João Vicente, superintendente da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), em entrevista ao Paraíba Já, nesta sexta-feira (24), afirmou estar “gratificado” pela confirmação da veracidade do que ele vinha argumentando, com documentos, nos últimos dias.

“Eu estou de certa forma gratificado, não pelo desmoronamento da falésia do Cabo Branco, mas pela confirmação da verdade das minhas palavras. Quando nós dizemos que o projeto da falésia estava incompleto, fomos bombardeados.  A prefeitura de João pessoa montou uma matéria com a Rede Globo, para repercutir isso nacionalmente e o Sistema Cabo Branco, sequer, procurou a Sudema para ser ouvida. Mas como a verdade tarde mas não falha, eis aí a verdade transparente, na voz insuspeita do projetista”, salientou.

Para João Vicente, a prefeitura deveria pedir perdão aos pessoenses e a partir de agora, procurar trabalhar para que o licenciamento do projeto de contenção da falésia do Cabo Branco tenha andamento.

“Eu acho que nessa altura do campeonato, o que a prefeitura deve fazer é se penitenciar e pedir perdão a população de João Pessoa, pela falha cometida, retomarmos as discussões para o licenciamento do processo do projeto e procurarmos e procurar convergir não apenas nas ideias, mas também nas ações”, sugeriu.

O superintende da Sudema ressaltou que está é a forma do governador Ricardo Coutinho (PSB)trabalhar, com verdade e transparência. Ele ainda afirmou que o na próxima terça-feira (28), está convocada uma reunião para que as dúvidas sejam esclarecidas e o passado esquecido, para que assim, o trabalho possa ser continuado.

“Tivemos uma reunião no Ministério Público, por convocação do promotor de Diretos Difusos, para tentar fazer uma mediação. Temos uma reunião de trabalho, terça-feira, vamos sentar e esclarecer as dúvidas, esquecer o passado e cuidar de trabalhar em prol da cidade”, afirmou.