O erro da oposição a Ricardo em querer comparar 2012 e 2016 com 2018

Não precisa ser nenhum expert em política para constatar que a oposição tem cometido um erro grave nesta pré-campanha, ao querer usar os resultados das eleições de 2012 e 2016, em João Pessoa, para propagar a ideia de que o governador Ricardo Coutinho é um fracasso no quesito transferência de votos.

Sempre que podem, os adversários de Ricardo preveem que o governador, embora seja um colecionador de vitórias expressivas nos pleitos que disputou, não conseguirá transferir seu prestígio eleitoral para o candidato que decidir apoiar em 2018, assim como ocorreu nas duas últimas campanhas para prefeito da Capital.

É um erro pensar assim. Senão, vejamos.

Em 2012, com um governo aprovado por grande parcela do eleitorado de João Pessoa, o então prefeito Luciano Agra foi o principal responsável pela vitória de Luciano Cartaxo, que antes de receber o seu apoio, patinava nas pesquisas com 5% das intenções de votos. Naquele momento, a maioria da população pessoense deixou claro que estava optando pela continuidade da gestão, em vez de apostar no incerteza.

Em 2016, o mesmo sentimento de continuidade prevaleceu. Com uma gestão bem avaliada pela maioria da população, Luciano Cartaxo foi reeleito logo no primeiro turno, desbancando, mais uma vez, a candidatura apoiada pelo governador Ricardo Coutinho.

Diante desses dois exemplos recentes, fica a interrogação: se em 2012 e 2016 a população da Capital decidiu pela continuidade da gestão, por que não pode, agora em 2018, a população da Paraíba optar pela continuidade da gestão? Por que o que vale contra Ricardo não vale a favor dele?

Entre trocar o certo pelo duvidoso, parece que o eleitor tem optado por seguir aquela máxima do futebol: “em time que está ganhando não se mexe”.