O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) se esquivou de explicar a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, após criticar políticos corruptos durante comentário sobre o orçamento secreto. Questionado sobre nomes como Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, Cabo não conseguiu construir uma defesa.
O parlamentar foi breve: “Meu Deus do céu”. Foi somente está a declaração do deputado, em entrevista ao programa F5, da Rádio Pop FM, desta terça-feira (7).
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2012, por participar do esquema de propina do mensalão. Durante a entrevista, o parlamentar manteve o discurso anticorrupção e ainda reforçou que seguirá Bolsonaro no PL.
O deputado também defendeu o orçamento secreto, que é uma modalidade de distribuição de emendas que beneficiam somente alguns parlamentares, sem seguir critérios específicos. O sistema de distribuição de emendas, que antes de ser aprovado pelo Congresso poderia ser considerado mensalão, para Cabo Gilberto, agora, são benefícios legítimos para quem é da base do presidente.
“Sou deputado aqui, tem 30 deputados do lado do governo, eu vou querer me comparar? O deputado do governo é beneficiado, nem falo isso na Assembleia para não passar vergonha. Quem é aliado tem benefícios do governo. Quer comparar um deputado do PT que mente todos os dias para atacar Bolsonaro, com um aliado do governo? O aliado vai ser beneficiado, faz parte do parlamento, da governabilidade. Agora, não pode ser beneficiado de forma ilegal. Não vamos criminalizar os políticos, e sim políticos que desviam dinheiro público”, afirmou Cabo Gilberto.
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