No dia em que Governo da PB anunciou R$ 4,2 mi/ano para o Laureano, PMJP surge com ‘chá solidário’ para hospital

A crise no Hospital Laureano, responsável por atender cerca de 70% dos pacientes de câncer no Estado da Paraíba e único equipamento do Sistema Único de Saúde (SUS) de João Pessoa no combate à doença na Capital, é um bom termômetro para se analisar quem tem ações concretas para resolver o problema e quem tem apenas discurso, talvez boas intenções, mas nada prático e objetivo para resolver a questão da falta de recursos para o custeio do hospital

Ontem, após reunião do secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, com o médico Carneiro Arnaud, presidente da entidade, o Governo do Estado anunciou um fundo anual de R$ 4,2 milhões para o custeio da unidade.

Na manhã de hoje, a ALPB anunciou uma campanha de doações para a unidade e a aprovação do Projeto de Resolução 106/2019, que institui o Programa de Incentivo a Doação Voluntária de Percentual sobre Subsídios e os deputados deste mandato e de todas as legislaturas seguintes serão obrigados a doar 1,2% dos seus salários para o Laureano – o que representará cerca de R$ 15 mil por mês para a entidade. Ainda é pouco, mas já é uma ajuda concreta.

A PMJP, que deveria ser uma das principais interessadas na manutenção da entidade, uma vez que o Laureano dedica 95% dos seus atendimentos aos usuários do SUS – a maior parte da demanda oriunda da Capital, também anunciou sua contribuição – horas antes do Governo João Azevêdo determinar a contribuição milionária: um chá solidário promovido pela primeira-dama Maísa Cartaxo.