“Não tenho preconceito, mas sim pós-conceito”, diz Eliza ao defender exclusão de trans no esporte

A vereadora Eliza Virgínia (PP) defendeu, nesta terça-feira (17) seu projeto de lei que proíbe mulheres transexuais de ingressarem em times femininos na capital paraibana. Durante entrevista, a vereadora informou que recebeu ameaças em suas redes sociais e avisa que já procurou as autoridades.

“Eu não sei o que ele é, o que ela é, não sei sua orientação sexual, não importa. Importante é que ele me ameaçou, já printei todas as ameaças e falas de ódios, vou estar dando entrada na polícia federal e boletim de ocorrência para que se tome a providência devida”, declarou.

Eliza acredita que seu projeto não demonstra preconceito, mas um pós-conceito e afirma que essa é uma questão de ciência.

“O nosso objetivo não é incitar o ódio, nem o preconceito. Nós não temos preconceito com a comunidade LGBT, a gente tem um conceito formado, um pós-conceito. A mulher é diferente, a estrutura óssea, muscular, tudo é diferente entre mulher e homem. É uma questão de ciência, não de ideologia. É um desrespeito colocar uma mulher trans para jogar contra um time de mulheres biológicas é claro que quem vai ganhar são as mulheres trans”, pontuou.

Ela respondeu as críticas da deputada Camila Toscano (PSDB), onde disse que a vereadora estava se metendo em algo que não tem competência e que a Câmara Municipal de João Pessoa está criando um monstro. Eliza usou o artigo 5° da Lei Orgânica de João Pessoa para dizer que a deputada precisava ler e que estava mal informada.