Na Educação não, Bolsonaro!

No estreito caminho que percorre o bom senso no nosso Brasil, uma coluna que se proponha a falar sobre/para jovens, não pode deixar de comentar sobre a crise que envolve o governo e a Educação.

Através do MEC (Ministério da Educação e Cultura), foi anunciado um contingenciamento, ou um corte, ou um bloqueio temporário – seja lá como queiram chamar – de 30% (trinta por cento) do montante destinado ao custeio de universidades e institutos federais. Não menos grave, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), embalou na mesma onda e mandou suspender o pagamento das bolsas de mestrado e doutorado.

E ainda tem mais: vejo agora, no momento em que escrevo, uma matéria na TV informando que o dinheiro destinado à Educação Básica para as creches está acabando, e que a União ainda não se pronunciou sobre isso, e que corre, no Congresso, um projeto que busca reformular o Fundeb, reduzindo os repasses do Governo Federal para os Municípios, atuais responsáveis pela gestão da Educação das nossas crianças. Ou seja, de uma parte significativa do futuro do Brasil.

É quase impossível enxergar que, por trás dessa campanha de destruição dos mecanismos de Educação, existe uma boa intenção do governo para equilibrar as contas públicas, já que, ao mesmo tempo em que tudo isso ocorre, tramita uma Medida Provisória (MP) na Câmara que promove uma reforma na estrutura administrativa e recria dois ministérios.

Mas, digamos que sim, que a Presidência da República veja o corte como uma opção provisória de ajustes no afã de fazer o país crescer. Sendo assim, como estimular o brasileiro e a brasileira a se tornarem uma nação produtiva se as instituições formadoras estão sendo diminuídas e menosprezadas?

É evidente que há uma retaliação ideológica e que se usa excessos para justificar a “balbúrdia”, contudo, nem preciso explicar aqui o que significa iniciação científica, pesquisa, etc, num contexto de desenvolvimento tecnológico, científico, biológico e muitas outras áreas da sociedade. Não pretendo fazer juízo de valor, mas incentivar uma reflexão: há outras opções de redução das despesas públicas? Se sim, por que não?